Outubro Rosa: importância da alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama
Câncer de mama é um crescimento desordenado de células anormais da mama que tendem a invadir outros órgãos e tecidos. É o principal câncer entre mulheres (uma em cada dez mulheres). E embora seja raro pode acometer homens também (1% dos casos de câncer de mama).
O diagnóstico pode ser feito através do exame clínico, aparecimento de tumor palpável (esse exame pode ser feito pelo médico ou pelo próprio paciente, autoexame), realiza-se também ultrassom de mamas, mamografia, ressonância magnética e quando aparece nódulo deve-se fazer biópsia. Existem testes genéticos que devem ser realizados por quem possui uma história familiar de câncer de mama. É importante lembrar que o câncer não surge de uma hora para outra e muitas vezes quando se faz o diagnóstico já é tarde demais.
Os sintomas são: tumor palpável, endurecimento das mamas (aspecto de casca de laranja), inversão súbita do mamilo, secreção pelo mamilo (principalmente secreção sanguinolenta), gânglios axilares, coceira na mama ou nos mamilos, alteração do tamanho ou da forma da mama, vermelhidão, inchaço, calor ou dor.
O tratamento geralmente é cirúrgico seguido de radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal. Devemos ressaltar que o melhor tratamento é sempre a prevenção, e por isso devemos:
– Evitar o abuso de bebidas alcoólicas, tabagismo e o uso de anticoncepcionais.
– Ter uma alimentação saudável.
– Manter o peso corporal adequado.
– Amamentar: além de ser importante para o bebê, ajuda a prevenir o câncer de mama.
– Fazer atividade física regularmente: tem vários estudos, como um realizado na Universidade de Charles, na República Checa, mostrando que a atividade física é essencial para diminuir a incidência do câncer de mama. Além de melhorar o perfil metabólico e diminuir a inflamação sistêmica, o sobrepeso e a obesidade, a atividade física modula a ação hormonal, ou seja, promove o equilíbrio do nível dos hormônios se tornando importante não só na prevenção, mas também no tratamento do câncer de mama.
Em relação a atividade aeróbica, deve-se realizar em média 75 a 150 minutos por semana se isso for numa intensidade vigorosa ou então 300 minutos por semana na intensidade mais moderada.
Segundo estudo feito na Universidade Alberta no Canadá, além da atividade aeróbica devemos também fazer exercícios de força e de resistência, porque além do fortalecimento muscular que protege tendões, articulações e reduz o risco de lesões, o treinamento de força ajuda a manter a massa óssea prevenindo fraturas de osteoporose, melhora a flexibilidade, o equilíbrio, a mobilidade, ajuda no controle da glicose, do colesterol, da pressão arterial, melhora a circulação, protege contra o declínio cognitivo, reduz ansiedade, depressão e é um importante aliado na prevenção e no tratamento da obesidade.
E em relação a alimentação, devemos evitar:
-Aspartame: adoçante artificial classificado em julho desse ano como possível cancerígeno. Produtos zero açúcar, light, diet (refrigerantes, sucos em pó, sorvete, geleias, café solúvel, molhos, etc).
-Carnes processadas: salsicha, linguiça, mortadela, presunto, peito de peru, bacon (possuem uma substância chamada nitrito, potente bactericida que aumenta o tempo de validade do produto, mas é considerado cancerígeno).
-Alimentos com acroleína: substância química que pode induzir a mutação no DNA. É considerada potencialmente cancerígena. Formada quando alguns alimentos são torrados, grelhados ou fritos em altas temperaturas (carne torrada, batata frita e também na reutilização de óleos para fritura).
-Doces e outros alimentos ricos em açúcar refinado.
-Consumo excessivo de álcool.
Devemos utilizar uma dieta rica em frutas, legumes e verduras (preferência orgânicos).
-Azeite de oliva extra virgem. Rico em antioxidantes, vitaminas, ômega3. Estudo espanhol de 2015 mostra que quatro colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem por dia diminuiu o risco de câncer de mama.
– Ovos: presença de colina.
– Peixes de águas frias: sardinha (ômega3).
– Cúrcuma /açafrão: inibe o crescimento das células cancerígenas.
– Tomate: tem vitamina C, A, vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, ácido fólico, licopeno.
– Frutas vermelhas: poderosos antioxidantes (amora, morango, mirtilo, framboesa).
– Cenoura: rica em betacaroteno. Estudo da universidade de Harvard mostra que o betacaroteno ajuda a diminuir o desenvolvimento de câncer de mama.
– Vegetais crucíferos: couve-flor, brócolis, repolho, couve de Bruxelas. Eles têm Indol-3-Carbinol (I3C), poderoso antioxidante que possui ação tanto na prevenção quanto no tratamento do câncer de mama.