Atrasos são a principal reclamação envolvendo companhias aéreas
Levantamento da Proteste mostra que 26% dos brasileiros já enfrentaram problemas em voos
Atrasos, cancelamentos, questões com bagagens e overbooking foram indicados como os principais problemas envolvendo companhias aéreas no Brasil e no mundo. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) para mapear a satisfação dos consumidores. Conforme a pesquisa, pelo menos 26% dos participantes já enfrentaram algum problema relacionado aos serviços prestados por empresas aéreas. Destes, os atrasos se destacam nas reclamações, sendo responsáveis por 18,5% das queixas.
Por outro lado, fatores como check-in on-line, qualidade dos lanches gratuitos, entretenimento a bordo, pontualidade, conforto do assento e espaço para bagagem na cabine influenciam no nível de satisfação em relação às companhias. Acerca dos aeroportos, os consumidores consideram a disponibilidade de banheiros, facilidade de locomoção (mais acessibilidade) e tempo gasto para passar pela alfândega como pontos de maior relevância.
Usabilidade de sites
A pesquisa da Proteste também verificou que a facilidade de uso dos sites foi o aspecto que mais influenciou a satisfação geral dos consumidores com as plataformas on-line das companhias aéreas. Conforme o levantamento, 56,4% das passagens no Brasil foram adquiridas via site ou aplicativo da empresa responsável pelo voo, sendo que 55,6% dos bilhetes foram comprados sem consulta a nenhum comparador de tarifas. Em quase um quinto dos casos (27,7%), o comparador foi usado e redirecionou os compradores aos sites das companhias aéreas para aquisição da passagem.
Intenção de viajar mais em 2023
O levantamento da Proteste também verificou a intenção de viagens para 2023, que promete ter uma movimentação nos aeroportos igual ou superior a 2022. Na pesquisa, 58,7% dos brasileiros afirmaram que pretendem viajar de avião mais do que em 2022. Entre os principais motivos, estão lazer (67,2%) e negócios (18,1%).
Por outro lado, conforme o órgão, o aumento dos preços das passagens, a vontade de economizar e a troca de reuniões físicas pelas virtuais foram as razões mais citadas pelos consumidores que decidiram reduzir o número de viagens em 2023.
A pesquisa
Durante a pesquisa, foram ouvidas mais de onze mil pessoas, entre outubro e novembro de 2022. A análise realizada contou com a parceria de mais de oito países: Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Eslováquia, Espanha, Itália, Portugal, República Tcheca e Tailândia.