Em Brasília, Margarida encaminha pedido de municipalização da BR-440 ao DNIT
Prefeita também solicitou permissão para construir bacia de contenção de chuvas no Bairro Industrial, em terreno da antiga Rede Ferroviária
Por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, a prefeita Margarida Salomão (PT) anunciou, na tarde desta quinta-feira (23), que encaminhou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) um pedido formal de municipalização da rodovia federal BR-440, que atravessa as principais ruas de bairros da Cidade Alta e está inacabada há vários anos. A solicitação aconteceu durante uma reunião realizada na sede do órgão, em Brasília. Acompanhada da ex-secretária de Saúde do município e atual deputada federal, Ana Pimentel (PT), a chefe do Executivo municipal afirmou na postagem que, com o repasse da administração da estrada para o município, será possível melhorar o fluxo de veículos no local de forma mais rápida e eficiente. “Eu estive aqui para encaminhar o pedido de municipalização da BR-440, para que ela possa ser utilizada tal como ela é atualmente, como uma rua de Juiz de Fora. Desta forma, vamos conseguir melhorar imensamente o trânsito na Cidade Alta”, afirmou Margarida, no vídeo.
O pedido da municipalização já havia sido indicado anteriormente pela própria Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), durante a realização de uma audiência pública sobre a instauração de um binário no trânsito do Bairro São Pedro, realizada em dezembro de 2022. Na época, o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fernando Tadeu David, afirmou que a adoção do modelo estava suspensa, tendo em vista que a prefeita Margarida Salomão iria dedicar esforços para tentar converter a gestão da via para o âmbito municipal. Além disso, na mesma postagem, Margarida também indicou que solicitou ao órgão federal uma compensação financeira, diante da imposição da circulação de veículos que utilizam vias do município no entroncamento com outras rodovias federais que cortam Juiz de Fora. “A cidade é atravessada por veículos que usam a Avenida JK e a Brasil para acessarem a BR-267 e a BR-116. Por isso, entendemos que o Município precisa, naturalmente, receber alguma compensação por isso”, relata Margarida.
A Tribuna questionou ao DNIT sobre a atual situação das obras da BR-440, assim como quais seriam as atuais tratativas relacionadas à municipalização da rodovia, mas não recebeu resposta até o fechamento desta matéria. A reportagem também questionou à PJF sobre quais seriam as principais motivações da solicitação protocolada ao órgão federal, e também não obteve resposta.
Obras no Bairro Industrial dependem de cessão de terreno
Ainda durante sua visita ao órgão federal em Brasília, Margarida também solicitou ao DNIT a concessão de uma área de transbordagem, pertencente à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), no Bairro Industrial, para que as obras relacionadas à construção de uma bacia de contenção, direcionada para evitar enchentes no local, seja iniciada. “Ontem, nós também estivemos na diretoria ferroviária, para poder resolver os problemas das enchentes no Bairro Industrial. Nós vamos usar aquela área da antiga Rede Ferroviária, conhecida como transbordagem, para construir a bacia de contenção. E para isso, precisamos que o DNIT, proprietário da área, concorde com isso. Tivemos um entendimento com a diretoria, e eles foram super receptivos. Nossa expectativa é que, nas próximas semanas, tenhamos uma confirmação positiva deste tema”, ressaltou a prefeita.
A obra referenciada por Margarida faz parte das iniciativas englobadas no empréstimo de R$ 420 milhões, solicitado pela PJF ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e a Corporação Andina de Fomento (CAF). Aprovado no último mês em votação realizada pela Câmara Municipal de Juiz de Fora, o empréstimo será aplicado na realização de obras de macrodrenagem nos bairros Santa Luzia, Industrial, Mariano Procópio e Democrata, além de intervenções menores no Granbery e nas ruas Cesário Alvim, Luiz Fávero e Padre Café. Entretanto, a liberação do empréstimo milionário ainda depende de aprovações do Governo federal, da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), e também do Senado federal.