Job Hopping: porque a geração Z muda de emprego a cada 3 meses?

As ambições mudaram e esse profissional não quer mais esperar anos por reconhecimento ou uma promoção, também não tolera mais ficar em um ambiente que lhe gera insatisfação apenas por dinheiro.

Por Marcelle Larcher

Dados do Ministério do Trabalho e da Previdência apontam que profissionais entre 18 e 24 anos tendem a ficar menos de 3 meses no mesmo emprego. 

Essa informação nos apresenta a um cenário que tem muito a dizer sobre os rumos do mercado de trabalho e as novas gerações. Nos últimos anos, vimos tudo se tornar cada vez mais dinâmico, a informação ganhar velocidade e tecnologia protagonizar. Tudo isso contribuiu para moldar novas tendências e  comportamentos. 

Hoje, vamos falar sobre Job Hopping, um movimento que tem ganhado força no mundo profissional. 

 

O que é Job Hopping? 

Job Hopping, em tradução para o português, é o ato de pular de empregos. Na prática, é um movimento que vem se tornado natural para profissionais que não param em um único trabalho e mudam de empresa com frequência e de forma voluntária. 

O que justifica a ascensão dessa tendência é o perfil das novas gerações que assim como o mercado de trabalho, se transformou e adaptou a uma nova perspectiva de mundo. 

As ambições mudaram e esse profissional não quer mais esperar anos por reconhecimento ou uma promoção, também não tolera mais ficar em um ambiente que lhe gera insatisfação apenas por dinheiro. Por que o fariam, quando podem encontrar “algo melhor” logo a frente?

O objetivo é claro, buscar por aceleração na carreira, aprender continuamente, explorar habilidades, áreas, possibilidades e, principalmente, ter mais liberdade sem que se sintam presos a uma empresa.

 O Job Hopping vem ganhando espaço no mercado como um todo, mas é algo ainda mais natural em segmentos mais distais, como a área de tecnologia, por exemplo. 

 

Uma tendência das novas gerações 

Pessoas da geração x possuem trajetórias profissionais marcadas pela permanência, ficando há mais 10 ou até mesmo 20 anos na mesma empresa. Isso porque os ideais de sucesso eram outros e a estabilidade era um dos pilares mais importantes. 

A remuneração era mais relevante que a felicidade no trabalho, a busca era por crescimento profissional a qualquer custo e o grande objetivo de vida de muitas pessoas era ocupar as melhores e maiores cadeiras. 

Na contramão de tudo isso, a geração Z e também os millennials tendem a só permanecer em uma organização se houver oportunidade de crescimento rápido, mudando de emprego diante da primeira sensação de estagnação.

Essa nova leva de profissionais também demonstra uma inversão de valores que os fazem agir diferente. O dinheiro que ganham não é mais importante do que qualidade de vida e o impacto e relevância do seu trabalho para o mundo/sociedade. Então esse conjunto de fatores precisa estar em equilíbrio para que ele não procure por um novo emprego. 

Entender o Job Hopping e todas as motivações por trás desse comportamento é muito importante, pois é o único caminho para que empresas se adaptem a essa nova dinâmica, considerando que o mercado de trabalho mudou assim como o perfil e os ideais do novo profissional. A transparência e o alinhamento das expectativas entre funcionário e empresa é o caminho para que essa alta rotatividade seja dissolvida.

 

MARCELLE GERACAO

Marcelle Larcher

Marcelle Larcher

Marcelle é Especialista em Gestão Comportamental. Atua como Sócia e Diretora Executiva do Grupo Larch. Graduada em Psicologia e Pedagogia, MBA em Gestão Empresarial, possui Especialização em Gestão Estratégica de Pessoas e é Analista Comportamental DISC Profiler. Mentora de Líderes, possui mais de 800 hs de desenvolvimento pessoal e carreira com empresários e gestores. Empresária, empreendedora e gestora no setor educacional e organizacional, Marcelle tem mais de 15 anos de experiência em Educação Executiva, e 29 anos de mercado.

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também