Agenda verde

Por Leandro Mazzini

Geraldo Alckmin (PSB) está mesmo disposto a abraçar a causa ecológica e focar no discurso do meio ambiente, como revelou a Coluna há meses (ele tem estudado muito o tema e almeja ser um tipo de Al Gore tupiniquim). O futuro vice pediu ontem um café com o atual vice-presidente, General Mourão, e debateram a estrutura do gabinete que Alckmin vai ocupar no Anexo do Palácio do Planalto em janeiro. Entrou na pauta a agora tímida agenda do Conselho da Amazônia, comandado por Mourão – atividade que se esmoreceu no último ano, apesar dos programas ativos. Mourão mostrou as salas e o organograma de cargos aos quais o substituto terá direito. Alckmin começou a montar a lista de sua equipe e mapeou os gabinetes para os futuros inquilinos do Anexo.

Agro de Lula

As entidades do agronegócio sentaram à mesa ontem com potenciais ministros do iminente Governo de Lula da Silva. Mas muitos não foram presencialmente ao CCBB, sede da transição, com medo de serem tachados de traidores. Boa parte do agro ainda é bolsonarista. Estes “ausentes” participaram por videoconferência, e alguns nem ligaram as câmeras. “Quem senta à mesa é chamado de traidor”, comentou uma liderança. Além disso, parte do agro está envolvido nas manifestações que acontecem em todo o Brasil.

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Birrinha

Defensor entusiasmado do presidente Jair Bolsonaro (PL) dentro do Partido Novo – da pequena ala aliada do chefe da nação – o deputado federal Marcel van Hattem (RS) prometeu não falar mais com repórteres que o descreverem como “bolsonarista”. Magoou, e fala sério.

Amigo no STF

O presidente Bolsonaro ataca o Supremo Tribunal Federal, mira muito o ministro Alexandre de Moraes, mas evita criticar Dias Toffoli, o ex-petista na Corte mais ligado ao inimigo e rival Lula da Silva. Mas por quê? Bolsonaro e o ministro Toffoli são amigos de longa data, desde quando este era advogado do PT. E, acredite, se visitam.

ESG em alta

Iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG), sigla que tem virado uma regra a exemplo do compliance em grandes companhias, devem ganhar novos investimentos de bancos do ramo do varejo. Cerca de 20% das instituições desejam aplicar boa soma de verba em projetos que envolvem ESG, segundo o relatório do Boston Consulting Group “Global Retail Banking 2022.

Black fraude

A Black Friday 2022 movimentou as denúncias no Procon de São Paulo. Desde o dia 11 de novembro (data em que o varejo anuncia promoções) até esta segunda (28) foram registradas 899 reclamações no órgão. Os questionamentos foram por atraso ou não entrega do produto (286), maquiagem de desconto – quando o oferecido não é real (104) – produto ou serviço entregue diferente do anunciado, incompleto ou com danos (101), mudança de preço ao finalizar a compra (94) e produto ou serviço indisponível (93).

Leandro Mazzini

Leandro Mazzini

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