Apesar da polarização, terceira via não está descartada, diz cientista político

Por Paulo Cesar Magella

Embora os candidatos à presidência, exceção feita a Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula, estejam ainda na casa de um dígito na preferência dos eleitores, isso não implica, necessariamente, que a terceira via seja um projeto já fadado ao fracasso. Na avaliação do cientista político Raul Magalhães, é totalmente prematuro considerar que a eleição já esteja definida em torno dos dois candidatos. “Eleições no Brasil, sobretudo no momento de campanha, costumam reservar surpresas. Não é em absoluto raro que candidatos oscilem. Aliás, mesmo não havendo meios de uniformizar as pesquisas, já estamos observando algumas alterações”.

Cenário político ainda pode passar por mudanças

No entendimento do cientista político, apesar de a terceira via não ter se viabilizado, isso não significa que, em condições de campanha, com o eleitor olhando os candidatos disponíveis, vendo as mensagens, não possa eventualmente mudar de opção. “Não é possível cravar que o cenário das eleições já esteja definido agora em fevereiro”, acentuou.

Em Minas, eleição mudou em quatro dias

Nas eleições para o Senado, em 2018, os mineiros esconderam até a última hora a sua opção pelo Senado. A ex-presidente Dilma Rousseff liderou todas as pesquisas de intenção de voto até 48 horas antes do pleito. Quando saiu o resultado, a surpresa. Ela ficou em quarto lugar. Foram eleitos Rodrigo Pacheco – atual presidente do Congresso – e o jornalista Carlos Viana, possível candidato ao Governo de Minas.

Outsider, Zema derrotou políticos tradicionais

A própria disputa para o Governo foi uma surpresa. O governador Romeu Zema, na sua primeira experiência como candidato a um cargo público, passou boa parte do tempo no fim da fila das pesquisas, que apontavam, em alguns casos, a vitória, já no primeiro turno, do ex-governador Antônio Anastasia. Ele virou o jogo e venceu o pleito com um discurso outsider ante o desgaste do ex-governador e do então titular do Palácio, Fernando Pimentel, que sequer chegou ao segundo turno.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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