Quando o deputado Júlio Delgado anunciou que lutaria contra o ingresso do PSB numa federação envolvendo o Partido dos Trabalhadores, o discurso recorrente foi de que ele estava antecipando uma eventual saída do partido, já que tem sérias restrições ao PT, que, por seu turno, também tem na memória a ação do deputado – como relator – no processo que culminou com a cassação do então deputado José Dirceu. A federação ainda não foi formatada, e o parlamentar juiz-forano não é mais uma voz isolada na resistência.
Acordo emperrado
A própria cúpula do PSB admite problemas, pois não tem percebido reciprocidade no possível aliado. Nas recentes conversas, o presidente Carlos Siqueira pediu apoio nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas há problemas. O principal ocorre em São Paulo. O PSB aposta na candidatura do ex-governador Márcio França, enquanto o PT articula o nome do ex-ministro Fernando Haddad para governador. Impasse dos grandes esse.
