Petrobras anuncia novo aumento no preço da gasolina e do gás de cozinha
Litro da gasolina vai ficar R$ 0,20 mais caro a partir de sábado, e o quilo do GLP vai subir R$ 0,26
A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (8), mais um reajuste nos preços da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. O litro da gasolina vai ficar R$ 0,20 mais caro a partir de sábado (9), e o quilo do GLP vai subir R$ 0,26. Com isso, o gás de cozinha (botijão de 13 kg) sairá das refinarias da estatal custando R$ 50,15 para as distribuidoras.
Para a gasolina A (sem adição de álcool anidro), o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,18 por litro em média. A variação é de R$ 0,15 por litro, segundo a empresa.
Já o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg. O preço do produto não era reajustado havia 95 dias.
A avaliação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) é de que esse aumento da gasolina, após 58 dias de estabilidade, não é suficiente para equiparar os preços da Petrobras aos do mercado internacional, onde o produto e também sua matéria-prima, o petróleo, estão em recorrente valorização.
“Com o aumento anunciado, as janelas para importações continuam muito fechadas”, afirmou Sérgio Araújo, presidente da Abicom.
A Petrobras, em comunicado à imprensa, admite que o aumento reflete apenas parte da alta externa. A companhia fala em “elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.
Alta a consumidor de GLP pode superar os 7%, diz Abragás
Para o consumidor final, o aumento do gás de cozinha deve ser maior do que os 7% imposto pela Petrobras nas refinarias, segundo a Associação Brasileira das Entidades Representativas da Revendas de Gás LP (Abragás). Além de uma possível recuperação da margem das distribuidoras, os revendedores falam que precisam cobrir altas de custos, entre eles, os dos combustíveis, utilizado no transporte do botijão.
“Os aumentos de preços, além de pesar muito aos consumidores, atingem diretamente o capital de giro dos revendedores. Quanto mais caro o gás, mais dinheiro precisamos colocar no caixa para sustentar o fluxo”, afirmou a entidade em nota.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás) também vê pressão de custos sobre a revenda, com possível repercussão para o consumidor.
“Com este percentual, vemos pressão muito forte sobre as revendas, que terão dificuldade de repassar seus custos, já elevados pelo preço do diesel e gasolina, insumos importantes para eles. Temos que observar se haverá retração na demanda”, diz o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Mello.
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