Risco

Por Leandro Mazzini

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, usou eufemismo de voluntarismo do empresário para dizer que o Brasil corre risco de forte racionamento. Se o industrial – citado por ele – ou o comerciário não reduzirem o consumo, o povo paga. Esse é o resumo do discurso de quatro minutos da noite de segunda-feira em rede nacional de televisão. O Governo não quer lançar mão das termelétricas porque sabe que a tarifa de luz vai aumentar e cair na conta do povo. Esse cenário seria muito ruim eleitoralmente para o presidente Jair Bolsonaro. O Governo está numa situação delicada. Ou torce para o industrial redirecionar e equacionar sua demanda, ou liga todas as termelétricas a todo gás e carvão para evitar apagão – com o ônus para o cidadão.

Lâmina d’água

Hoje, os reservatórios das hidrelétricas estão com capacidade de apenas 30% no Sudeste / Centro-Oeste, regiões que consomem 70% da energia do país.

Cadê Angra 3?

Esse é o custo para o país amparado numa matriz de dependência das chuvas. Faltam termelétricas e também ativar 100% a usina nuclear Angra 3, submersa em décadas de escândalos.

Horário de volta

O horário de verão não influenciaria agora na questão energética porque o Brasil passa por uma das piores secas. Mas depois do discurso do ministro, diferentes setores já defendem a volta do modelo para não ter apagão daqui a alguns meses.

Fogo no shopping

As ações de shopping centers no Brasil entraram ontem no segundo dia consecutivo de forte queda por causa do texto da reforma tributária. Há um parágrafo que atinge em cheio os ganhos do setor – que desde ano passado, com as restrições de comércio impostas pela pandemia, já não paga bons dividendos a acionistas.

Subindo

O texto dá um golpe no lucro do setor imobiliário, predominante no modelo dos shoppings com aluguel de lojas. Em suma, muda a tributação sobre lucro presumido para as empresas que têm mais de 50% de suas receitas oriundas de aluguel. Se passar assim, o imposto pulará de 19% para 29% sobre o lucro antes de tributos.

DEM com Ciro

A visita de Ciro Gomes (PDT) ao presidente do DEM, ACM Neto, rendeu frutos. O partido de centro quer apostar no pedetista como terceira via contra Lula e Bolsonaro.

Reforço no cofre

Depois de Guarulhos (SP) aprovar e Porto Alegre (RS) ainda analisar, agora é a vez de Cuiabá (MT) estudar a implantação da sua loteria municipal. A chamada ‘raspadinha’.

Boca miúda

O deputado federal Boca Aberta (PROS) começou a cumprir pena no Centro de Reintegração Social de Londrina (PR), condenado na Justiça a 22 dias de prisão em regime semiaberto. Ele foi alvo do Ministério Público por perturbação da ordem. E agora também não pode atacar e xingar promotores e procuradores.

Ovação na porta

Boca Aberta não perdeu a pose e entrou de peito aberto na cela. Para não fazer feio, ainda levou a claque de assessores para a porta da cadeia na noite de estreia, anteontem.

Achismo

O ‘achismo’ sem investigação causa desgraça na vida de um cidadão inocente. Veja o que aconteceu em Salvador. Um gerente das Lojas Insinuante vai ganhar indenização da empresa, decidiu o TST, após ser demitido e acusado de roubo. Ele foi preso em 2016 apenas porque era vizinho de um ladrão que assaltou um comércio próximo ao seu estabelecimento. Sem qualquer ligação com o crime, provou sua defesa.

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Leandro Mazzini

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