Prefeita presta depoimento na polícia contra ameaça sofrida no Whatsapp
Margarida Salomão e o vice-prefeito Kennedy Ribeiro (PV) apresentaram queixa-crime após a mensagem
A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, esteve na sede da Polícia Civil nesta quarta-feira (10) para prestar seu depoimento na queixa-crime apresentada por ela em razão de ameaças sofridas nas redes sociais. A denúncia já havia sido apresentada pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que solicitou às autoridades a apuração de suposta ameaça contra a vida de Margarida e do vice-prefeito Kennedy Ribeiro (PV).
“A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, apresentou uma queixa-crime contra uma pessoa que ameaçou a chefe do Executivo municipal nas redes sociais. A divergência de opiniões é natural e esperada dentro do ambiente político, mas nunca devemos tolerar ameaças e ofensas. Isso não cabe dentro de uma democracia”, postou a PJF em suas redes sociais.
Juntamente com a publicação, também foi compartilhado um vídeo com fala da prefeita. “Estou na sede da Polícia Civil de Juiz de Fora, onde vim fazer o meu depoimento na queixa-crime que movo contra uma pessoa que, em uma lista de Whatsapp, fez uma ameaça expressa a minha integridade física”, detalhou a prefeita.
Ainda de acordo com Margarida, a formalização da queixa-crime se justifica por razões “pedagógicas”. “Quem está em uma posição como a minha tem a obrigação de praticar a ideologia da paz. Uma parte da ideologia da paz é a intolerância com a retórica do ódio. Então, independentemente de a ameaça ter ou não fundamento na sua expressão, é fato que não se pode aceitar que alguém faça uma disputa de posição política ameaçando o outro”, considerou.
“Isso é fascismo! Na democracia, as pessoas lidam com as divergências. Não é tolerável que na disputa política alguém queira praticar a eliminação do outro”, finalizou a prefeita.
Na última segunda, o secretário municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Tadeu David, afirmou que a inteligência da Guarda Municipal certificou a existência dessas ameaças, “inclusive, envolvendo a utilização de armas”. “Isso não vamos permitir de forma alguma. Portanto, estamos apresentando, neste momento, uma denúncia junto à Polícia Civil de Minas Gerais para a investigação desta denúncia”, pontuou David, também em vídeo publicado nas redes sociais da PJF.