Diploma do Mercosul

Por Leandro Mazzini, com Walmor Parente (DF), Carolina Freitas (DF), Beth Paiva (RJ) e Henrique Barbosa (PE)

Depois de 12 anos do pacto firmado entre os países membros do Mercosul, o Governo do Brasil promulgou, no decreto 10.287 da última sexta-feira, o acordo para implementação de um sistema integrado entre as nações do Cone Sul que reconhecem o diploma universitário para regularização de profissionais na região. Os Ministérios da Educação de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile terão de implementar um modelo para que os profissionais formados nestes países possam ter trânsito livre e trabalhar em qualquer um desses países. A priori, para os diplomados em Medicina, Agronomia e Engenharia. O pacto foi firmado em junho de 2008, mas só agora o Brasil dá o pontapé com os países-membros.

Abrindo portas

O sistema pode resolver um problema histórico de reconhecimento de diplomas de Medicina de brasileiros que se formam na Bolívia e Paraguai, por exemplo, e são impedidos de exercer a profissão aqui.

Lá atrás

O pontapé para o sistema integrado começou bem antes, com reunião dos ministros da Educação dos países-membro em Belo Horizonte, em 2006. De lá para cá, nada.

Inflação voltou

Situações curiosas com o povo em casa. Caiu o preço da gasolina. E inflação nos mercados. Tomate e batata custam R$ 5 o quilo. Antes da crise, pagava-se R$ 2.

Turma da capital

Apesar das videoconferências serem mesmo inevitáveis, nada menos do que 19 dos 81 senadores estão em Brasília. Entre eles os líderes do MDB, Eduardo Braga; do PDT, Weverton; do Governo, Fernando Bezerra; do PT, Rogério Carvalho; do Podemos, Álvaro Dias; do PSD, Otto Alencar; entre outros. Isso facilita muito o andamento de pautas de emergência como a definida na manhã de quinta-feira.

Fortunas

Após seis meses de gaveta, o projeto de taxação de grandes fortunas, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), enfim tem relator. É Major Olímpio, do PSL. Pesou para isso a possibilidade de que a primeira fatia da arrecadação vá para o combate ao coronavírus.

Cadê o nosso?

Já falta dinheiro em alguns caixas eletrônicos de agências bancárias de Brasília.

Brasília madura

A pandemia freou todos os preparativos das festividades dos 60 anos da capital federal, que se completam dia 21 de abril. Mas, mesmo sem comemorações públicas, as palmas vão para o povo brasiliense, que dá um show de civilidade nessa crise.

Fundo que salva

A liderança do Cidadania na Câmara estuda projeto para liberar todo o estoque de retorno do FGTS para fazer frente à crise do coronavírus. Não é o montante aplicado do FGTS, mas a remuneração desse capital, acumulado durante décadas.

Bomba

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci delatou o magnata Rubens Ometto, que controla a Cosan/Raízen, de distribuição de combustíveis. Segundo a denúncia, publicada no O Dia do Rio de Janeiro, ele pagou propina de R$ 300 milhões ao PT para o grupo de livrar de bilhões em impostos.

Fora do ar

Marcelo Magno, o coleguinha do rodízio do JN da Globo, fez festa de 1 ano do filho para cerca de 240 pessoas quando voltou a Teresina, antes de saber que estava com coronavírus. Ele se recupera bem no hospital. Mas a turma toda correu para exame.

Gripes mortais

A despeito do coronavírus, o mais mortal de todos – até ontem já eram 77 mortes no país – o Ministério da Saúde enviou para a Coluna dados assustadores de mortes por outras gripes no Brasil. Em 2019 foram registrados 1.122 óbitos por Influenza A e B. Em 2018, foram 1.328 mortes pela mesma gripe.

E os estaduais?

O presidente do Sescon-SP (Sindicato dos Contadores), Reynaldo Lima, defende que impostos estaduais e municipais também sejam postergados assim como fez o Governo federal. “A medida anunciada por Paulo Guedes só contempla os tributos federais abarcados pelo Simples, ou seja, o ICMS e o ISS continuam a serem pagos”.

União faz a força

Frank Geyer, empresário e controlador da Unipar, das líderes da indústria química na América Latina, botou a produção nas unidades do Brasil e Argentina com prioridade para insumos para fornecer ao mercado e combater a pandemia. Produtos como cloro, hipoclorito de sódio, para tratamento de água, e PVC para bolsas de sangue.

Leandro Mazzini

Leandro Mazzini

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