Alexandre Ank é campeão brasileiro
Atleta conquistou o campeonato individual e por equipes disputado nesta semana no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro
O juiz-forano Alexandre Ank sagrou-se campeão brasileiro individual e por equipes de tênis de mesa, em torneio disputado nesta semana no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Representando a AABB-JF, o atleta superou Ezequiel Babes, do Paraná, por 3 sets a 1 na semifinal, e Ivanildo Freitas, de São Paulo, por 3 a 2 na grande final, disputada nesta quinta-feira (12).
Ank venceu todas as partidas disputadas na competição, resultado, que segundo ele, veio para coroar uma temporada invicta em solo nacional. “Conquistar um título brasileiro é sempre incrível e maravilhoso. Você trabalha o ano inteiro para chegar ao final e ser campeão. Tem as copas do Brasil também que eu disputei no início do ano em Brasília e São Paulo, além do interestadual em Belo Horizonte. Ganhei as três etapas e fui feliz agora, me consagrando campeão brasileiro e terminando o ano invicto.”
Retomada
Em agosto, Ank disputou os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, e voltou para o Brasil com o bronze. O resultado foi lamentado pelo atleta à época por distanciá-lo do sonho de disputar as Paralimpíadas de Tóquio em 2020. No entanto, a conquista recente reacende o ímpeto do paratleta por novos desafios internacionais. “É um gás novo que a gente ganha, porque eu perdi [em Lima] um jogo muito duro e difícil. Procurei descansar o corpo e a cabeça, mudar algumas coisas no treino para poder experimentar, aplicar aqui e saber se ainda estou bem no Brasil para continuar treinando mais forte e brigando para poder ganhar lá fora, porque é esse o objetivo.”
‘Falta incentivo’
Para Ank, ir às competições fora do país é sinônimo de uma melhor preparação para enfrentar os mesatenistas estrangeiros. Entretanto, mesmo com o apoio dos patrocinadores, o paratleta afirma ter dificuldades em participar destes campeonatos, o que pode ser atribuído, segundo ele, à falta de um incentivo maior do poder público. “Eu agradeço a todos os meus patrocinadores, mas às vezes o poder público – municipal e estadual – não ajuda a gente. Se isso acontecesse, eu conseguiria disputar mais competições internacionais, encontraria esses atletas mais vezes e estaria estudando melhor o tipo de jogo deles, podendo vencer mais vezes.”