Delegado descarta tese de legítima defesa em morte de policial
Laudo de necropsia apontou que a forma como o agente foi baleado na cabeça tem característica de uma execução
O titular da Delegacia Especializada em Homicídios, Rodrigo Rolli, descartou a possibilidade de a suspeita de matar o policial civil Antônio Geraldo Peters Netto, conhecido como Alemão, ter agido em legítima defesa. Segundo ele, o laudo de necropsia apontou que a forma como o agente, de 57 anos, foi baleado na cabeça tem característica de uma execução. Ainda conforme o laudo, além do crânio, uma bala atingiu a cintura da vítima e outra de raspão no braço. Como a suspeita de cometer o crime, que tem 24 anos e era ex-namorada do policial, já saiu da situação de flagrante, o delegado encaminhou, nesta sexta-feira (17), o pedido de prisão preventiva dela à Justiça. “Foi o próprio Alemão que a ensinou a manusear a arma. Numa outra ocorrência, ela tentou agredi-lo. Na ocasião, ele a segurou, e ela conseguiu puxar a arma da cintura dele e apontá-la em sua direção. Precisaram ser acionadas quatro viaturas para conseguir fazê-la largar a arma. Sobre esse caso, o próprio Alemão retirou a queixa na delegacia e não houve continuidade nesse caso”, afirmou o delegado, acrescentando que a suspeita sabia como desarmar a vítima. O delegado ainda afirmou que Alemão não possuía histórico de agressão contra a ex-namorada, mas tinha muito ciúme, e eles viviam um relacionamento transtornado.
Alemão morreu após ser baleado com tiros na cabeça, no abdômen e no braço, na madrugada da última terça-feira (14), por volta das 3h30, no Bairro Vitorino Braga, na Zona Sudeste. A suspeita de cometer o crime usou a arma do próprio agente, uma pistola ponto 40.O policial foi baleado no interior de um imóvel, que funcionava como uma loja e atualmente servia de moradia para a suspeita, na Rua do Monte. O Samu foi acionado e levou o homem para o Hospital Monte Sinai, onde ele foi internado em estado grave, mas morreu no centro cirúrgico na manhã de terça-feira.