Estado quer mapear situações de violência escolar
O encontro foi motivado pelo ocorrido em Janaúba, onde um vigia ateou fogo em uma creche, causando a morte de crianças e de uma professora
O Governo de Minas trabalha para criar, ainda em novembro, um sistema de registro de situações de violência nas escolas. As informações foram dadas pela coordenadora de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Estado de Educação, Kessiane Goulart, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última segunda-feira (13). O encontro foi motivado pelo ocorrido em Janaúba, no Norte de Minas, onde um vigia ateou fogo na creche Gente Inocente, causando a morte de crianças e de uma professora. A tragédia trouxe à tona discussões acerca de situações de violência escolar e a necessidade de busca por medidas efetivas para a prevenção e o combate ao problema.
Segundo as informações iniciais, os gestores das instituições de ensino terão acesso a um banco de dados disponível na internet para o preenchimento de ocorrências registradas nas escolas. A ideia é que tais dados ajudem a traçar um perfil da violência praticada em cada unidade, o que vai permitir o planejamento de ações mais assertivas, direcionadas a situações específicas. O sistema deve ser integrado ao Programa de Convivência Democrática, lançado este ano pela secretaria, que tem como norte o respeito à diversidade e o protagonismo dos estudantes nas escolas. “Não é possível atacar o problema sem levar em consideração o seu contexto gerador”, ressaltou Kessiane.
De acordo com informações da ALMG, atualmente, apenas a Polícia Militar (PM) trabalha com dados sobre esse tipo de violência. Tais relatórios indicam o registro de cerca de 48 mil ocorrências nas escolas e seu entorno nos últimos dois anos.