Quando o fiel da balança é a saúde
PUBLIEDITORIAL
Detalhe está no autocuidado que traz a consciência de saber exatamente quando e quanto comer. Nem tudo que é bom convém
Não tem erro. Basta ligar a tevê em canais abertos ou pagos, a qualquer hora do dia, e lá estão eles expostos de uma forma tão sedutora que até dá para sentir o cheiro. Se por um lado a invasão gastronômica nos meios de comunicação aguça o paladar, ameaçando a dieta diária, por outro incentiva também o preparo do próprio alimento. E prestar atenção no que se está ingerindo, conhecer as propriedades de cada item e sua funcionalidade para a boa saúde são fatores essenciais não apenas para quem precisa fazer “DR” todos os dias com a balança. Afinal é preciso frear os indicadores que colocam a obesidade como questão de saúde pública e na lista das doenças crônicas que mais afetam a população.
Nutricionista pela Universidade Federal de Viçosa e pós-graduada em nutrição clínica, a coordenadora do Programa Peso Saudável da Unimed Juiz de Fora, Silmara Aparecida Pereira de Andrade,explica que o trabalho para a perda de peso vai além da reeducação alimentar. “É preciso cuidar do ambiente como um todo, da questão emocional inclusive, mudar o pensamento, o comportamento – com a prática de atividade física. Ver o alimento de forma diferente, ou seja, não apenas sob a ótica do prazer, mas pela sua contribuição para a saúde”.
E esse olhar não tem nada a ver com proibição. O detalhe está no autocuidado que traz a consciência de quando e do quanto comer, acrescenta Silmara. Porque é essa consciência que garante a manutenção do peso saudável para o resto da vida. Para auxiliar os clientes neste processo, a Unimed oferece gratuitamente o Programa Peso Saudável, desenvolvido em grupo com apoio de equipe multidisciplinar do Espaço Viver Bem. Após a triagem que identifica o perfil indicado (Índice de Massa Corporal – IMC – acima de 25 ou 27 em caso de idosos), o paciente é encaminhado para a consulta com nutricionista para a definição do plano alimentar. Um material didático o auxiliará na compreensão da contagem de calorias de cada alimento e dos pontos que cada um deles representa na dieta.
Durante três meses, o cliente é pesado semanalmente e participa de reunião coletiva com orientações sobre reeducação alimentar, organização do dia a dia, substituição de alimentos e até mesmo como identificar pensamentos sabotadores. Após este período, os encontros se tornam quinzenais e permanecem por seis meses. Depois, o trabalho em grupo é realizado mensalmente com duração de um ano. “No total são 36 módulos. Essa duração de 1 ano e 9 meses é o tempo que consideramos adequado para mudar um hábito e firmar outromais saudável”, acrescenta a nutricionista.
Como prova de que a estratégia é assertiva, cerca de 75% dos pacientes inscritos no programa da Unimed conseguem alcançar a meta de perda de 5% do peso inicial nos três primeiros meses, e de 10% na fase dos encontros quinzenais. Percentuais que ganham ainda mais significância quando se considera que a obesidade, em seus graus 1, 2 e 3, e o sobrepeso são fatores de risco para o surgimento ou agravamento de várias outras doenças, como diabetes, hipertensão, acidentes vasculares, câncer e patologias relacionadas ao fígado. “Por isso, prevenir é garantir saúde hoje e no futuro”, observa Silmara.