Sem medo da polêmica, Zuchi é o novo colunista da Tribuna
Economista e professor compartilhará sua experiência na iniciativa privada e na administração pública
Sem medo de suscitar polêmica, o economista e professor André Zuchi passa a assinar uma coluna no site da Tribuna de Minas. Lançando mão dos 30 anos de formação – e atuação – nos segmentos de economia e administração e da vasta experiência tanto na iniciativa privada quanto na administração pública, Zuchi promete usar a bagagem obtida a partir dessas duas experiências distintas para dar forma e conteúdo a seus textos. A empreitada, para ele, é “o maior desafio profissional” enfrentado no momento. “Recebi o convite e fiquei muito honrado.” A ideia é que, a cada semana, um novo tema seja abordado. “Vou tentar transmitir o que eu aprendi, a minha experiência, me expor a críticas e a opiniões diversas.” Zuchi comenta que sempre gostou do contraditório. E essa característica promete ficar muito clara em suas publicações.
Acesse aqui a nova coluna de André Zuchi
Agregar foi a palavra reforçada – e mais citada – pelo economista durante a conversa sobre o projeto, que discorreu de forma leve e entusiasmada. A principal meta dele, aliás, é agregar valor às discussões a respeito das questões que afetam, diretamente, a vida do juiz-forano. Propor ideias novas e estimular o pensamento – e o debate – sobre elas também são objetivos do colunista. Na estreia, a polêmica a respeito da transposição da linha férrea volta à tona. “Existe uma discussão importante no lugar errado. O tema está mal colocado.” Na sua opinião, é um erro insistir na transposição da linha, quando deveria-se se preocupar com a preservação e a importância econômica da estrada de ferro.
Zuchi pretende abordar vários outros temas que acompanha desde quando atuava como agente público. O economista foi secretário de Desenvolvimento Econômico durante quase oito anos – até abril de 2016. Segundo ele, muitas vezes, por exigências do próprio cargo, não podia entrar abertamente no debate. “Agora posso expor melhor as ideias, falar de uma forma mais livre”. Na coluna, ele abordará o que mais gosta: economia. A ideia é dar um foco local, regional e nacional, nessa ordem.
Por ter dedicado metade dos últimos 30 anos ao trabalho na iniciativa privada (como funcionário e empreendedor) e a outra metade na administração pública (como funcionário e agente público), o economista comenta que consegue comparar os dois lados da moeda, além de identificar as deficiências e as necessidades dos setores público e privado. A vasta experiência nas salas de aula e as horas dedicadas a leitura são outras aliadas na tarefa. Em suas próprias palavras, a coluna será um veículo de informação, ideias, análise, sugestão e opinião sobre temas econômico-financeiros nacionais, regionais e locais atuais, que afetam a vida de todos. Juiz de Fora está no centro dessa discussão. “É a cidade que meu deu tudo, inclusive a aposentadoria em breve.”
Trajetória
Atuando como professor desde 1986, Zuchi foi aprovado em primeiro lugar no concurso realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora e, entre os anos de 1985 e 1992, trabalhou como técnico de planejamento do antigo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Juiz de Fora (Ipplan). Em 1992, na época da gestão do ex-prefeito Alberto Bejani, Zuchi pediu demissão e foi trabalhar na mercado financeiro, fazendo carreira e abrindo a própria empresa de consultoria. Em 2009, o ex-prefeito Custódio Mattos o convidou para ser secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Durante a primeira e em parte da segunda gestão do então prefeito Bruno Siqueira (PMDB), ele se manteve na Prefeitura, como secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Emprego e Renda. Por motivos pessoais, o economista deixou o posto em abril do ano passado. Durante todo esse tempo, Zuchi conciliou os trabalhos com a sala de aula, atividade que desempenha até hoje. Com a estreia da coluna e os planos para o lançamento de um livro, Zuchi vivencia, na prática, o que gosta de repetir ao final de cada entrevista: “Vamos em frente, sempre.”