Reforma de prédio tombado custará R$1,5 mi


Por Júlia Pessôa

09/04/2017 às 07h00

(Foto: Fernando Priamo)
(Foto: Fernando Priamo)

O prédio do antigo Hotel Príncipe, que fica na esquina das ruas Dr. Paulo de Frontin com Halfeld, na Praça da Estação, no Centro de Juiz de Fora, passa por uma ampla reforma. Tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o imóvel, por medida de segurança, foi interditado pela Defesa Civil em 2016 por apresentar problema estrutural no telhado e na fachada. Os donos aguardavam uma decisão da Justiça para iniciar a reforma da parte interna do edifício, o que foi autorizado em setembro de 2016. De acordo com um dos proprietários do prédio tombado, Geraldo de Matos, a reforma, orçada em R$ 1,5 milhão, deve durar um ano e meio e será paga com recursos particulares.

“Assim que a Justiça liberou, começamos a obra, que deve ser concluída em janeiro de 2018. Estamos fazendo toda a reforma da parte interna, deixando apenas a fachada, que é tombada. Já reestruturamos o prédio para receber duas lajes e depois vamos dividir as lojas. Todo recurso da obra é próprio”, garante Matos.
O projeto foi avaliado pela Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac), que é formada por historiadores, arquitetos e advogados, e aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação Cultural (Comppac). De acordo com o Secretário da Funalfa e presidente do Comppac, Rômulo Veiga, o processo de reforma é lento, pois deve obedecer a uma série de normas. Durante as obras, uma equipe técnica fiscaliza e avalia se o projeto está sendo seguido. “As visitas são feitas no avançar das obras e, caso tenha algo fora do projeto, o trabalho deve ser reavaliado ou até mesmo refeito”.

O secretário destaca ainda a importância da reforma e acredita que a obra irá ajudar a revitalizar a Praça da Estação. “O prédio fica numa esquina movimentada, que é a porta de entrada da cidade. Com isso, a percepção da população é de uma revitalização na praça. Primeiro pelo tamanho e depois pela importância do prédio. Esperamos que com essa reforma, tanto a população quanto os empresários do entorno ajudem a preservar os bens tombados no local”, vislumbra Rômulo.
De acordo com a Funalfa, hoje Juiz de Fora conta com cerca de185 bens tombados.

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