Por quĂȘ investir em startups?

Por Por Diogo Fernandes, Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli e Fernando Salgueiro Perobelli. Email para [email protected]

A Lei Complementar 155/16 foi sancionada para incluir o investidor-anjo na legislação brasileira e regulamentar novas proteçÔes, incentivando esse tipo de investimento no Brasil. AlĂ©m disso, hĂĄ iniciativas estaduais, como o Projeto de Lei (PL) 3.578/16, que propĂ”e uma polĂ­tica de estĂ­mulo Ă s startups. Esses movimentos nos levam a um questionamento, por quĂȘ investir em startups?

Para tanto, basta avaliarmos os Unicórnios, empresas que não estão listadas na bolsa de valores e que possuem valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. Na Califórnia tem-se 101 startups nesta classificação, no Brasil não temos nenhuma. A mais próxima de atingir essa valoração é a Movile. Ao se avaliar a lista de unicórnios, as principais são: Uber (US$ 68 bilhÔes), com valor de mercado maior do que a Petrobras, a AirBNB (US$ 30 bilhÔes) e a Snapchat (US$ 18 bilhÔes). De acordo com a Fundação Kauffman, as startups de grande crescimento são responsåveis pela criação de mais de 50% dos empregos no mundo. Dada a importùncia das startups, temos que entender como contribuímos hoje para o seu desenvolvimento no Brasil?

Nos países desenvolvidos os investidores fomentam o primeiro estågio das startups, jå no Brasil, os empreendedores que querem viabilizar o seu produto mínimo viåvel, contam com apoio do governo, via editais do CNPq, SEBRAE, FINEP, SENAI e BNDES, que estimulam a criação de novos produtos tecnológicos. O governo também investe na capacitação destes empresårios, através de programas como o InovAtiva Brasil, sem Înus para o empreendedor.

Com o modelo de negócios validado, as aceleradoras (Acelera MGTI, SEED, etc) assumem o protagonismo na estruturação de startups, fazendo aporte de capital financeiro (R$ 50 mil a R$ 1 milhão), mais diversos serviços e consultorias de gestão, em troca de participação societåria (5% a 30%) destas startups.

HĂĄ tambĂ©m aqueles modelos de negĂłcio que se sustentam Ă  base de financiamentos realizados pelo BNDES, Banco do Brasil, CAIXA, ItaĂș, Bradesco, SANTANDER, dentre outros.

Validado o modelo de negócios, o próximo passo é tornar a startup financeiramente sustentåvel, a partir da aquisição de clientes e geração de caixa, contando com o apoio dos chamados investidores anjos, que objetivam elevar o valor destas startups e obter ganho financeiro na venda de sua participação em uma próxima rodada de investimento. Por fim, a startup necessita se posicionar estrategicamente no mercado nacional e internacional.

Luciane Faquini

Luciane Faquini

A Tribuna de Minas nĂŁo se responsabiliza por este conteĂșdo e pelas informaçÔes sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.

Os comentĂĄrios nĂŁo representam a opiniĂŁo do jornal; a responsabilidade pelo seu conteĂșdo Ă© exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injĂșrias e agressĂ”es a terceiros. Mensagens de conteĂșdo homofĂłbico, racista, xenofĂłbico e que propaguem discursos de Ăłdio e/ou informaçÔes falsas tambĂ©m nĂŁo serĂŁo toleradas. A infração reiterada da polĂ­tica de comunicação da Tribuna levarĂĄ Ă  exclusĂŁo permanente do responsĂĄvel pelos comentĂĄrios.



Leia também