‘Minhas decisões na Lava Jato têm sido sufragadas por cortes superiores’, diz Moro


Por Agência Estado

01/12/2016 às 16h33

Em sua fala final na audiência para discutir o projeto sobre abuso de autoridade no Senado, o juiz Sérgio Moro fez uma defesa da sua atuação à frente da Operação Lava Jato, que tem como alvo a classe política ao investigar o esquema de corrupção da Petrobras.

“Minhas decisões são sujeitas a críticas evidentemente, não há nenhum problema, há liberdade de expressão. No entanto, eu também acho que não posso ser acusado por abuso de autoridade, considerando que as minhas decisões têm sido sufragadas por cortes recursais e cortes superiores”, disse Moro.

Ele também voltou a afirmar que o projeto que está em discussão no Senado coloca em risco a operação porque considera crime “a mera divergência na interpretação da lei e na avaliação dos fatos e das provas”.

Moro também fez um último apelo para que o Senado inclua pontos retirados pela Câmara no pacote das medidas anticorrupção. Segundo ele, não é preciso trazer de volta as questões mais polêmicas, como o uso de prova ilícita conseguida de boa-fé, mas há instrumentos importantes que ficaram de fora do projeto que podem ser recuperados.

Para Moro, a Câmara votou o pacote de maneira açodada e foi “precipitada” ao aprovar o crime de abuso de poder para juízes e integrantes do Ministério Público Federal. Ele também fez um elogio ao relator do projeto, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que foi hostilizado por colegas ao defender as medidas propostas pelos procuradores.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.