PEC é pouco! Reforma política já!


Por Tribuna

28/10/2016 às 07h00- Atualizada 28/10/2016 às 08h49

Exatamente! Após Aristóteles ter afirmado que o homem é um animal político, ficou caracterizado que política não é profissão. E por que não? Simplesmente porque o profissionalismo exclui tudo aquilo que é natural, espontâneo e corajoso na natureza humana. O ato político, próprio da natureza humana, jamais poderá ser atribuído a interesses de poder, de lucro, enfim, identificado com atos de levar vantagem pessoal ou de grupos – leia-se: partidos ou empresários – em qualquer acontecimento que represente, acima de tudo, o interesse de todos, com benefícios para todos, naquilo que inclui ciência, tecnologia, educação e saúde, em que jamais se poderá confundir lucro material com qualquer benefício de ordem moral, social, educacional, cultural e de saúde pública.

Direitos inalienáveis da condição humana, bases inequívocas da democracia para todos, independentemente de partidos políticos, ideologias de toda natureza e, mesmo, qualquer religiosidade ou crença no sobrenatural, porque política não é profissão – nem de fé – e serve seus benefícios a todos, inclusive aqueles chamados de políticos, inseridos dentro de qualquer sociedade humana da qual participam. Exercendo as mais variadas profissões, todas de utilidade pública, levando benefícios às comunidades, as quais poderão usufruir benefícios materiais, chamados de lucros, porém, levando o rótulo de bem-estar social, o famoso “welfare” da democracia lincolniana!

Por que trazemos esse assunto logo agora que terminaram nossas importantes eleições municipais? E querem identidade mais importante do que a certeza que todos temos, na democracia, que toda verdadeira cidadania começa em cada cidade e continua pelos estados e por cada nação? Vocês já observaram as diferenças, cada vez maiores, entre as eleições passadas e essas que aconteceram? Não sentem uma participação cada vez maior dos cidadãos – olha a cidadania -, demonstrando total interesse – jamais lucro – na escolha dos prefeitos e vereadores que assumirão o poder em suas queridas cidades? Não sentem que a jurisprudência eleitoral – e não eleitoreira – está afastando a imoral compra financeira de votos, com ameaças de punições desmoralizantes de qualquer candidato?

Enfim, se os políticos que concorrem não se portarem à altura dessas altruísticas modificações da visão democrática dos já esclarecidos “novos cidadãos” brasileiros, poderão amargar contundentes derrotas, de fato, retumbantes vitórias da democracia sobre a demagogia de falsos políticos, que fazem mera profissão da magnífica arte política! Esperemos 2018!

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