O consagrado estilista Francisco Costa, mineiro de Guarani, teve uma participação mais que especial na cerimônia de abertura das Paralimpíadas 2016.
Foi dele o figurino usado pelas nove crianças – com diferentes tipos de deficiências e integrantes do Projeto Bota do Mundo – que carregaram a bandeira paralímpica acompanhadas pelos pais.
“Escolhi algo simples, adequado para valorizar a bota que hoje é referência no esporte adaptado. A experiência foi fantástica e muito emocionante”.
Aproveitando o projeto das Paralimpíadas, Francisco – que há 30 anos mora em Nova York – esticou por sete semanas no Brasil. Além do Rio, esteve em São Paulo, Bahia, Amazonas e, claro, em sua querida Guarani. “Minas é especial. Foi muito bom ter tempo para curtir minha família e matar a saudade do nosso feijão tropeiro”, comentou.
Ele visitou várias organizações sociais assistidas pela BrazilFoundation, ONG para a qual trabalha há oito anos. E se encantou com o projeto da escola de moda Casa Geração Vidigal, no Rio, voltado para jovens de comunidades cariocas.
Francisco se envolveu também com a campanha #Team Rio (inclusive assinando a logomarca) lançada pela BrazilFoundation, que criou um fundo dedicado à Cidade Maravilhosa possibilitando um legado social pós-Olimpíadas.
“Realmente estar no Brasil foi um período mágico. Estou num momento de transição, fazendo coisas que sempre quis fazer e nunca tive oportunidade”, completou.
O que mudou NA MODA
Ainda no papo exclusivo com o caderno CR Especial, Francisco disse que a crise também afeta os EUA. Ele acredita que o brasileiro está reagindo bem, com energia. Especialmente no setor da moda, afirma que é hora de desenvolver novo trabalho, com muita criatividade, novos produtos, pensando bem em como administrar o negócio e a comunicação.
E o que mudou no mundo ‘fashion’? “Vejo que a moda está mais democrática, com preços mais acessíveis. O estilo esportivo está mais valorizado, assim como a tendência de mais conforto.”