O peso e a importância do voto
Mais do que nunca, o cenário atual inspira clima de intensas mudanças, sendo de relevo refletir sobre a importância do voto, que relacionado está com os impactos causados na gestão pública que, por sua vez, interferem na vida de todo cidadão. Por isso, é necessário que a sociedade reflita sobre o valor do voto, já que a escolha do eleitor, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após análise das propostas de campanha e da respectiva viabilidade, do histórico pessoal e político do candidato, além da observação de sua atuação.
Aqueles que eventualmente tentam comprar votos ou oferecer alguma vantagem em troca de apoio político, certamente, continuarão a promover a corrupção se forem eleitos e, assim, intensificam a desigualdade, o desrespeito, a degeneração e a desmoralização.
No Brasil, as eleições realizam-se por meio de dois sistemas: o majoritário, aplicado aos cargos do Poder Executivo (para as municipais, o cargo de prefeito); e o sistema proporcional, adotado para os cargos do Poder Legislativo (no caso, o cargo de vereador). O sistema majoritário consiste em declarar eleito o candidato que tenha recebido a maioria dos votos válidos. Essa maioria pode ser absoluta, quando se elege, no primeiro turno e para o cargo de prefeito, o candidato que tenha alcançado o mínimo de 50% dos votos válidos mais um voto; ou pode ser simples, hipótese em que se elege o candidato a prefeito que, no segundo turno, tenha puramente obtido mais votos que o segundo colocado. No sistema proporcional, são computados os votos não apenas do candidato, mas também os do partido político ou da coligação. Isso porque, para se identificar o candidato eleito, observam-se as legendas que obtiveram o número necessário de votos (atingiram o quociente eleitoral) e, posteriormente, os candidatos que alcançaram o maior número de votos dentro de cada partido vencedor.
Por derradeiro, conclama-se o eleitor, com forte papel no destino do país, cujo instrumento é o voto consciente, a exercer o seu direito-dever a partir de uma decisão madura, refletida e consciente.
Maria Lúcia Cabral Caruso – juíza eleitoral e leitora convidada