Centenas de pessoas acompanham enterro das três mulheres assassinadas


Por Tribuna

01/07/2016 às 20h29- Atualizada 01/07/2016 às 20h37

capa enterro

 

O enterro de Maria Aparecida Liguori de Cerqueira, 85 anos, Elizabeth Philomena Liguori de Oliveira, 78, e Lara Amaral Liguori de Oliveira, 19, assassinadas na noite da última quarta-feira (29), foi marcado pela comoção. Centenas de pessoas de Coronel Pacheco – cidade natal da estudante de medicina da UFJF -, Piau, Bicas, Santos Dumont, Guarará, Barbacena, Simão Pereira e Juiz de Fora se dirigiram ao cemitério Parque da Saudade ontem para se despedir das mulheres e tentar confortar os familiares atingidos pela tragédia. Estudantes da UFJF, onde Lara cursava o 2º período de Medicina, e dos colégios por onde ela passou no ensino fundamental e médio fizeram questão de homenagear a jovem considerada por todos uma aluna aplicada e uma grande colega. Os pais de Lara permaneceram todo o tempo dentro da capela onde os três corpos foram velados. Muito abalada, a mãe de Lara repetiu diversas vezes para amigos que sua filha morreu antes da hora. Ela precisou ser medicada e não acompanhou o cortejo fúnebre, iniciado às 16h30.

A família recebeu diversas coroas de flores, tantas que elas precisaram ser levadas para os locais dos sepultamentos em uma Kombi. A Embrapa, empresa onde o pai de Lara trabalha, também disponibilizou uma van para que os funcionários pudessem assistir aos enterros. Maria Aparecida foi a primeira a ser enterrada, às 16h. Meia hora depois, o caixão de Elizabeth deixou a capela, seguido pelo de Lara, que foi muito aplaudida. Mesmo amparado, o pai da estudante fez questão de carregar o caixão da filha até o endereço da sepultura. No entanto, ele não conseguiu permanecer no local durante a descida do caixão. Uma oração ainda foi feita no local e, ao final, os presentes tornaram a bater palmas para as duas vítimas.

Perplexos, amigos da família comentaram o quanto a mãe de Rodrigo, assassino confesso da mãe, da tia e da sobrinha, era carinhosa com o rapaz que apresentava sinais de doença mental desde os 20 anos. Muitos disseram que ela sempre teve um zelo especial por ele e que ninguém imaginava que as coisas chegariam a esse ponto. Também houve quem dissesse duvidar que Rodrigo havia agido sozinho. O caso ainda está em investigação pela polícia.

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