Escolas da regiĆ£o se mobilizam contra o Aedes
Atualizada Ć s 17h12
Enquanto diversos municĆpios da regiĆ£o enfrentam o aumento de casos de dengue e outras doenƧas transmitidasĀ pelo Aedes aegypti, estudantes se mobilizam para acabar com os criadouros do mosquito nessas cidades. Em Rio Novo, municĆpio de 9 mil habitantes, a 52 quilĆ“metros de Juiz de Fora,Ā alunosĀ da Escola Estadual Ā Olympio AraĆŗjo, Ā estĆ£o dando o exemplo. A instituiĆ§Ć£o lanƧou, em janeiro, o projeto “10 minutos contra a dengue”, que foi abraƧado pelos estudantesĀ no ensino mĆ©dio. Desde entĆ£o, os elesĀ participaram de uma palestra, na qual receberam informaƧƵes sobre a dengue, a chikungunya e o zika, e saĆram Ć s ruas para mobilizar a populaĆ§Ć£o. Dez bairros de Rio Novo jĆ” foram visitados pelos alunos.
“Fizemos distribuiĆ§Ć£o de ĆmĆ£s de geladeira (que trazem o logotipo da campanha), panfletos explicativos e com o checklist a ser feito semanalmente para o extermĆnio do mosquito transmissor das doenƧas”, explica a diretora Juliana Porto. Nesta terƧa-feira (23), toda escola saiu em passeata pelas ruas da cidade, com faixas, apitos, cartazes, panfletos, carro de som, bonecos e mĆ”scaras do mosquito.
A mobilizaĆ§Ć£o, segundo a diretora, conta com o apoio do MinistĆ©rio da EducaĆ§Ć£o (MEC) e a Secretaria de Estado de EducaĆ§Ć£o. “As escolas sĆ£o grandes aliadas nessa guerra e, atravĆ©s de nosso exemplo, podemos conscientizar outras escolas a se unirem nessa batalha. Salvar vidas Ć© nossa vontade. Esse projeto nĆ£o tem prazo para terminar. Para os demais bimestres, temos muito trabalho ainda.”
Em Itamarati de Minas, a 130 quilĆ“metros de Juiz de Fora, a aĆ§Ć£o contra a dengue mobilizou toda a rede municipal e estadual de ensino. Em dois dias, os alunos entraram em todas as casas do municĆpio e seĀ encarregaram de acabar com todos os possĆveis criadouros do mosquito.Ā Nesta terƧa-feira, larvasĀ do mosquito Aedes aegypti foram encontradas em um terreno baldio particular.
“Itamarati Ć© uma cidade de 6 mil habitantes, entĆ£o nĆ£o foi muito difĆcil. Segundo informaƧƵes da Secretaria de SaĆŗde, a cidade jĆ” estava comeƧando uma epidemia. Os alunos mais novos fizeram apitaƧo e passeatas, e os maiores colocaram a mĆ£o na massa”, relata o professorĀ Edson Gavioli. Todo o trabalho foi supervisionado pelos agentes comunitĆ”rios e de endemias.