Servidores estaduais devem paralisar atividades no dia 27
Os servidores públicos estaduais devem fazer uma paralisação de 24 horas no próximo dia 27 de janeiro. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (11), após a realização de uma assembleia intersindical que reuniu participantes de 12 sindicatos e diversas associações de classe, que representam cerca de 40 categorias de profissionais. A suspensão das atividades se justifica por conta do atraso dos pagamentos dos servidores, confirmado pelo Governo de Minas e que pode se estender pelos próximos meses. Segundo o Executivo, os vencimentos de dezembro, que deveriam ter sido pagos até o último dia 8, serão quitados integralmente nesta quarta-feira.
Além da paralisação das atividades, os sindicatos planejam a realização de atos públicos pelo estado. Antes, porém, deverá ocorrer tentativas de negociação com o Governo para tentar encontrar um consenso, o que poderia evitar que várias categorias do funcionalismo cruzem os braços no dia 27. À imprensa da capital, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais (Sindpublicos) e um dos coordenadores do colegiado intersindical, Geraldo Henrique, afirmou que as representações dos servidores pretendem sugerir à Administração mudanças na forma da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Este imposto incide sobre qualquer produto adquirido pela população, mas os empresários têm até o dia 20 para fazer a transferência desses valores. O que queremos é que um decreto determine que pelo menos as 500 maiores empresas repassem esse valor até o dia 5 de cada mês, possibilitando que haja caixa para o pagamento dos servidores”, afirmou o sindicalista, conforme divulgado pelo jornal “O Tempo”. Outros dois pontos tirados da assembleia e que devem ser sugeridos ao Governo são o aumento da alíquota máxima do ITCD (Imposto de Herança) dos atuais 5% para 8% e uma troca de nomes na subsecretaria da Fazenda.
A coordenação intersindical deliberou ainda por convidar as demais entidades que não integram o colegiado, como o Sind-UTE, que representa profissionais da educação, e o Sind-Saúde, que defende os interesses dos servidores lotados nos serviços de saúde prestados pelo Estado.