Monte Sinai realiza transplante hepático
No total, cerca de dez profissionais participaram do procedimento, que durou oito horas.
Um homem de 56 anos que sofria de cirrose hepática não alcoólica teve alta no último fim de semana após receber um fígado transplantado. O paciente é o primeiro a ser operado pela equipe de transplante hepático do Hospital Monte Sinai, instituição credenciada no ano passado para realizar esse tipo de cirurgia. No total, cerca de dez profissionais participaram do procedimento, que durou oito horas. O primeiro transplante de fígado realizado na cidade aconteceu em agosto.
Segundo o hepatologista clínico Fábio Pace, que participou da cirurgia e acompanhava o paciente no Centro de Referência em Doenças do Fígado do Hospital Universitário da UFJF, onde 3.500 pacientes com doenças do fígado estão cadastrados, o paciente se recuperou bem após a cirurgia, que foi um sucesso. “Contamos com a ajuda de três cirurgiões, um anestesista e uma instrumentadora do Hospital D’Or, do Rio de Janeiro, além de três cirurgiões do próprio hospital e outros profissionais de saúde que atuaram antes e depois do procedimento.”
Segundo um irmão do paciente, ele recebeu o órgão transplantado menos de um mês após ser ativado na fila de espera. “Meu irmão já tinha prioridade na lista de transplante e ia fazer o procedimento no Rio de Janeiro. Mas no espaço de seis meses entre descobrirmos um tumor no fígado dele até o transplante, recebemos a notícia de que a cirurgia poderia ser feita em Juiz de Fora, o que ajudou muito, porque eu já conhecia a equipe e não precisaria alugar uma casa no Rio”. Ele conta ainda que a família está muito contente com o procedimento e afirma que “Deus deu uma segunda vida” para o irmão.
O médico Fábio Pace também comemora o sucesso do transplante e acredita que o procedimento é o primeiro de muitos a serem realizados de forma totalmente gratuita no Monte Sinai. “Tudo correu dentro das nossas expectativas, e esperamos poder realizar um ou dois transplantes hepáticos por mês durante o próximo ano. Mas para isso, precisamos que as pessoas aceitem fazer a doação de órgãos em casos de morte encefálica, pois só assim os transplantes podem acontecer.”