JF tem redução de 39% de acidentes em sua malha ferroviária
Noventa e quatro acidentes foram registrados pela MRS ao longo dos 105 municípios nos quais a empresa está presente, em 2016. Numa comparação entre os números de 2015, ano em que houve 118 atropelamentos ou abalroamentos, a redução foi de 20,3%. Em Juiz de Fora, foram 18 acidentes em 2015, enquanto que no ano passado, o acumulado foi de 11 registros, representando uma redução de 39%.
A diminuição de casos em Juiz de Fora é constatada pelo quarto ano consecutivo, mesmo assim, a cidade é onde foram registrados mais acidentes na malha sob administração da MRS. Em seguida, completam a lista das cidades com mais ocorrências Itaguaí (RJ) e Carandaí (MG), com nove casos, e Mangaratiba (RJ), com sete. Conforme o balanço da MRS, as principais causas para os acidentes, em 2016, foram a imprudência, com 87% de casos, suicídio (10%), uso de álcool/drogas (2%) e outros (1%).
Cancelas
A redação da Tribuna tem recebido mensagens de leitores afirmando que a passagem de nível da linha férrea no Bairro Barbosa Lage, na Zona Norte, teria uma tempo menor para acionamento antes da passagem do trem, o que estaria ocasionando o registro de acidentes no local.
Em dezembro do ano passado, um motorista, de 61 anos, morreu no trecho, após o veículo em que ele estava chocar-se contra o trem. Na época, o Corpo de Bombeiros, informou que a vítima, ao tentar atravessar a cancela, que já impedia o trânsito no local devido à proximidade da locomotiva, não teve tempo de completar o trajeto e foi atingido pela composição férrea. Dois dias depois, uma locomotiva teve que acionar os freios de emergência, porque uma mulher teria deixado o carro “morrer” no mesmo local, e pessoas que estavam num trailler próximo juntaram-se para empurraram o carro, evitando mais um acidente.
A respeito dessa situação, a MRS afirmou que periodicamente realiza verificação das condições de eletroeletrônica e sinalização da malha ferroviária sob sua administração e que, a passagem de nível do Barbosa Lage foi uma das travessias que passaram por checagem recentemente. A empresa ressaltou que não há nada de errado com a operação neste local e que a cancela é acionada no tempo adequado.
A MRS ainda esclareceu que os dispositivos são instalados com a prerrogativa chamada de falha segura. Isto significa que, caso haja algum imprevisto com qualquer equipamento de eletroeletrônica da via férrea, a sinalização mais restritiva possível será acionada imediatamente, ou seja, se houver cancela automática na passagem de nível, ela será acionada. A orientação, nesses casos, é para que os motoristas deixem o cruzamento livre.
A empresa também destacou que as passagens de nível contam com a sinalização horizontal que deixam claro para os condutores as faixas de retenção. Elas delimitam a área de risco em relação à travessia da linha férrea. Independentemente da aproximação do trem, o motorista é obrigado a respeitar esse limite, caso haja algum tipo de retenção no trânsito.