O homem caminhava sozinho na estrada empoeirada, poucos o viram, quase nenhum lhe deu a devida atenção, mas ele persistiu na caminhada, nos legando os mais profundos ensinos. Um dia, esse homem, que é Jesus e agora é seguido por muitos, subiu ao pequeno monte e de lá contou a história hoje conhecida como Parábola dos talentos: Pois é assim como um homem que, partindo para outro país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada qual segundo a sua capacidade, e seguiu viagem. O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles e ganhou outros cinco; do mesmo modo que o que recebera dois ganhou outros dois.
Mas o que tinha recebido um só foi-se, fez uma cova no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco, dizendo: senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra no gozo do teu senhor. Chegou também o que recebera dois talentos e disse: senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito, entra no gozo do teu senhor. Chegou por fim o que havia recebido um só talento, dizendo: senhor, eu soube que és um homem severo, ceifas onde não semeaste e recolhes onde não joeiraste; e, atemorizado, fui esconder o teu talento na terra; aqui tens o que é teu. Porém, o seu senhor respondeu: servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e que recolho onde não joeirei? Devias, então, ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, teria recebido o que é meu com juros. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos; porque, a todo o que tem, dar-se-lhe-á e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem, ser-lhe-á tirado. Ao servo inútil, porém, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes. (Mateus 25:14-30)
Deus nosso pai distribui para cada um de nós os talentos rotineiros na vida, e Emmanuel assim os descreve; são os cinco talentos: saúde, riqueza, habilidade, discernimento e autoridade. Talento da saúde; respeitando a saúde, adquiriremos tempo indispensável ao aprendizado. Talento da riqueza; espalhando a riqueza, atraímos gratidão. Talento da habilidade; usando a habilidade, receberemos a estima. Talento do discernimento; movimentando o discernimento, conquistaremos o equilíbrio. Talento da autoridade; exercendo a autoridade de maneira equilibrada, obteremos a ordem social. Outros dois talentos são vitais: a inteligência e o poder. O talento da inteligência, buscando a elevação, resulta na conquista do trabalho. O talento do poder, se submetido à sábia vontade do pai, atrairá o progresso e, assim, somente assim, teremos condições de cumprir nosso dever cristão durante o ano que se inicia. Feliz Ano Novo.