DESAFIO COMUM


Por Tribuna

28/06/2016 às 07h00- Atualizada 28/06/2016 às 08h31

Já em campo, sobretudo nas redes sociais, os pré-candidatos a prefeito e a vereador terão pela frente o desafio de fazer uma campanha curta e sem o financiamento privado, até então a principal fonte de irrigação dos projetos eleitorais. Há quem tema que a decisão reforce o caixa dois e induza o eleitor a apostar em projetos populistas, mas trata-se de mera especulação, pois o jogo ainda não está sendo jogado oficialmente. A Justiça Eleitoral, hoje, dispõe de instrumentos capazes de monitorar as campanhas com melhor precisão, ao contrário de outros tempos.

Ademais, operações como a Lava Jato têm indicado que cortar caminho não é a forma adequada para se conseguir o mandato, pois, mais dia, menos dia, o problema vem à tona. As muitas denúncias são reveladoras de um modelo perverso, no qual as doações se consolidam em cima do jogo do toma lá, dá cá. Mesmo não havendo a ilusão do fechamento completo das “torneiras”, é possível inferir que o jogo estará mais equilibrado.

E é aí que a competência e a criatividade farão a diferença. Num cenário de crise, soluções prontas soam bem num primeiro momento, mas o eleitor – agora bem mais atento – irá cobrar dos candidatos propostas que, de fato, sejam exequíveis. Será preciso dizer o que está errado, mas também como resolver o problema, não bastando a crítica pela crítica, típica do jogo fácil dos palanques, agora vencido pelas redes sociais.

No mundo virtual, tudo é possível, mas é preciso atenção para o que se diz, pois há sempre o risco da contestação. Na edição de domingo, a Tribuna mostrou o incremento do tráfego de informações feitas pelos candidatos. Todos, pois, já estão sob avaliação do eleitor.

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