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Jornada eleitoral

editorial
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A primeira semana da propaganda política já deu pistas de como os candidatos tanto à Câmara Municipal quanto à Prefeitura vão atuar. A primeira evidência está nas redes sociais, caminho de menor custo e de grande repercussão. Mas é necessário apontar que tal espaço é insuficiente para eleger candidatos, sobretudo pela mobilidade do próprio eleitor, que é “bombardeado” sistematicamente por propagandas. A velha sola do sapato continua sendo um caminho seguro, por ser a oportunidade do olho no olho.

Com tamanho tráfego de informação (e desinformação), o eleitor tem, por outro lado, a chance de avaliar as propostas dos candidatos. Deve ficar atento, pois muito do que se promete serve apenas para o discurso. A Tribuna iniciou o seu projeto Voto & Cidadania, pelo qual os candidatos e candidatas à Prefeitura são convidados a expor seus pontos de vista sobre determinado tema. O primeiro foi saúde, tema considerado prioritário pelos eleitores, de acordo com um levantamento da Câmara Municipal – Fala JF – que colheu opinião das ruas sobre a destinação de parte das emendas parlamentares.

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A segunda opção foi Educação. Neste domingo, o projeto trata dessa questão vital para a população. Sem educação não há avanços na sociedade. Trata-se de uma importante matriz para quase todas as demandas coletivas. Um país que priva seu povo da educação é fadado ao atraso. Os que nela investem enfaticamente, estão sempre à frente. Na terça-feira, os candidatos irão apresentar suas propostas.

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Ao Voto & Cidadania somam-se outros projetos. A partir do dia 3 de setembro, a Rádio Transamérica em parceria com as redes sociais da Tribuna, vai entrevistar os seis postulantes ao comando da prefeitura. Entre 10h e 11h, todos serão confrontados com temas relativos à vida da cidade e suas propostas de Governo.

E as propostas de governo são fundamentais. O que tem sido visto, sobretudo na campanha nas capitais brasileiras, é um jogo de desconstrução dos adversários em vez de apresentação de propostas. É próprio da campanha eleitoral, mas não basta indicar a falta de virtudes do concorrente quando o eleitor quer saber, de fato, o que pode ser feito por ele ou por sua comunidade.

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O que diferencia a campanha municipal do pleito nacional são os cargos em questão e as expectativas da comunidade. Prefeita ou prefeito, vereadora ou vereador, todos são muito próximos do eleitor, uma vez que tudo acontece nas cidades. A disputa nacional tem um viés ideológico mais intenso, embora isso não falte no pleito municipal, mas não é a prioridade.

Com cerca de 550 mil habitantes e um entorno que eleva esses números para quase dois milhões de pessoas, Juiz de Fora, por ser polo, é estratégica para a Zona da Mata. Seu prefeito ou prefeita deve ter uma visão que vá além das suas divisas, já que, por ser a principal cidade, ela acaba acolhendo demanda de seus vizinhos.Na fase mais aguda da Covid, o número de pacientes de outros municípios aumentou de forma abissal. Até mesmo do Rio Janeiro, especialmente Três Rios, foram registradas internações.

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A Educação, tema dessa semana, também é outro fator de integração regional. Com uma rede de escolas públicas e privadas de grande qualidade, Juiz de Fora atrai alunos de diversas regiões. O tema, pois, não é apenas uma questão paroquial.

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