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Vocação da cidade

editorial
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O Miss Gay e o Rainbow Fest, que ocorreram no último fim de semana, foram emblemáticos para a discussão sobre a força do turismo de eventos em Juiz de Fora. Levantamento preliminar elaborado pelo setor, apontou que houve um aumento de 30% na ocupação dos hotéis e no movimento de bares e restaurantes, dias antes e durante os dois eventos, embora não houvesse surpresa em decorrência do perfil econômico do público participantes. Ambos se situam entre tantos outros que trazem público para a cidade. No mês passado, o Minas Láctea teve performance semelhante, comprovando a vocação da cidade para esse tipo de turismo.

Na última segunda-feira, os candidatos à Prefeitura, a convite do “Juiz de Fora Convention & Visitors Bureau”, tiveram a oportunidade de apresentar suas propostas para o setor. Há consenso sobre o segmento e sobre a necessidade de manter o incentivo que faz dele uma das referências econômicas da cidade. Mas é preciso ir além por conta da sua importância na economia.

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Como cidade polo, Juiz de Fora atrai visitantes não apenas de seu entorno, mas também de outras partes do estado, inclusive do vizinho Rio de Janeiro. A qualidade da educação, da rede de saúde se soma à capacidade de acolhimento bem acima da média se comparada à cidades de seu porte.

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Durante a pandemia, o segmento de eventos foi um dos mais afetados, com vários negócios encerrados por conta das restrições sanitárias. A virada ocorreu quando elas foram suspensas, mas nem todos voltaram. Por seu turno, outros negócios foram abertos para acolher à nova demanda.

Quando se fala em turismo de eventos é necessário acrescentar que a logística da cidade também é um facilitador. A pouco mais de duas horas do Rio de Janeiro e três horas e meia de Belo Horizonte, a cidade se torna um eixo para promoção de grandes eventos. E é aí que entra outra discussão. Qual o papel do Expominas nesse processo?

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Durante o Minas Láctea ficou expressa a sua importância, mas sua ocupação ainda está aquém do necessário para garantir os seus custos. Quando o concebeu, o então governador Itamar Franco destacou sua importância para fazer da cidade um polo de atração de vários eventos. Para tanto, inseriu também a construção do Aeroporto Regional que hoje leva o seu nome.

Os dois equipamentos são estratégicos, mas também carecem de investimentos, sobretudo do estado e da União. O Expominas precisa ser otimizado, a começar pela construção de um acesso que não seja a BR-040. Quanto ao Aeroporto, a rodovia que faz sua ligação com Juiz de Fora precisa de investimentos para duplicação de trechos críticos e melhora da sua pista de rolamento, entre outros. O turismo é um somatório de fatores que exigem investimentos permanentes.

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