INSEGURANÇA CRESCENTE


Por Tribuna

08/04/2016 às 07h00- Atualizada 08/04/2016 às 08h32

Os roubos de veículos em série que vêm ocorrendo em Juiz de Fora este ano exigem que os agentes da segurança pública revejam suas ações, já que os casos têm sido cada vez mais ousados, e, muitos deles, em plena luz do dia. Isso é o que mostra reportagem publicada hoje na Tribuna, revelando que já foram 35 ocorrências, sendo a maior parte nas zonas Sul e Norte.

Apesar de, em alguns episódios, adolescentes terem sido apreendidos como suspeitos e, em outros, os carros e motos levados terem sido encontrados posteriormente, é fato que a situação persiste, deixando uma sensação de insegurança na população já alarmada. Também é preocupante que as polícias ainda não tenham pistas mais concretas da presença ou não de uma quadrilha especializada atuando na cidade.

As recomendações para que a população haja com cautela feitas pelos organismos de segurança não podem ser a única arma contra o crime. Conforme alerta o próprio especialista em segurança André Gaio, o problema da violência crescente é persistente em Juiz de Fora há pelo menos uma década, enquanto faltam ações mais eficazes e até mesmo levantamentos precisos dos tipos de crimes e da eficácia de medidas adotadas, como o programa Olho Vivo.

É certo que há carência de policiais para agir, no entanto, também falta definição de prioridades, o que só pode ocorrer com a existência de políticas públicas perenes, realizadas com embasamento em pesquisas e números, que hoje se mostram muito frágeis.

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