Doze pessoas perderam a vida em rodovias federias que cortam Minas Gerais durante o feriado de carnaval, sendo duas na BR-267 em Bom Jardim de Minas, a cerca de 100 quilômetros de Juiz de Fora. O balanço foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que destacou o número de prisões por embriaguez ao volante durante a operação, iniciada na madrugada de sexta-feira (21) e finalizada na quarta-feira (26).
Neste período, ocorreram 178 acidentes que deixaram 256 feridos. Em 2019, o feriado terminou com nove mortes, 148 acidentes e 193 feridos. O único acidente com vítima fatal nas estradas da região foi no último domingo (23), quando faleceram o jornalista Flávio Collistet, 52 anos, e sua companheira, 54, próximo ao km 213 da BR-267.
Conforme informações da PRF, o carro em que o casal estava chocou-se contra uma carreta, com placas de Governador Valadares (MG). A mulher morreu no local. Flávio chegou a ser socorrido pelo Samu em estado grave e foi levado para o Hospital Municipal de Bom Jardim de Minas. Porém, segundo informações da unidade hospitalar, ele não resistiu e faleceu pouco tempo depois do acidente.
Embriaguez ao volante dobra
A PRF informou que realizou o dobro de prisões por embriaguez ao volante em 2020 se comparado com o mesmo período do carnaval passado. Este ano, 18 pessoas foram presas no estado ao serem flagradas dirigindo embriagadas acima do limite considerado crime de trânsito. Em 2019, foram detidas oito pessoas. Durante este feriado, foram feitos 8.821 testes de etilômetro que resultaram em 145 autuações por embriaguez.
Nas estradas estaduais, o número chama ainda mais a atenção, pois apenas na região foram 17 pessoas detidas depois de serem flagradas dirigindo embriagadas.
Desde 2012, a tolerância é zero para o nível de álcool no sangue de condutor de veículos automotores. E, desde então, a legislação tem se tornado mais rígida quando se trata da mistura entre álcool e direção. Em 2016, o valor da multa foi aumentado e tornou mais duro o peso da punição. Já em 2018, os motoristas alcoolizados passaram a ser presos em caso de acidente com mortes ou feridos, podendo ficar por até oito anos reclusos.