Três homens, sendo um de 20 e dois de 22 anos, foram indiciados na conclusão do inquérito policial que investiga o caso da mulher de 36 anos que foi enterrada com vida em um cemitério em Visconde do Rio Branco. Os suspeitos, que já haviam sido presos em abril, são investigados por associação criminosa, tentativa de homicídio triplamente qualificado, constrangimento e violação de sepultura. A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (7).
O crime ocorreu no dia 28 de março. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada por coveiros do Cemitério Municipal que visualizaram uma catacumba fechada com tijolo e cimento fresco, com sinais de sangue próximo à gaveta. Ao chegar ao local, os policiais ouviram pedidos de socorro que vinham do interior do sepulcro.
Como lembrado pela PCMG, durante os trabalhos investigativos, foi requerida a prisão temporária dos três suspeitos, bem expedidos mandados de busca e apreensão para levantamento de outras provas e localização dos investigados. Dois deles foram presos no dia 1º de abril, quando tentavam fugir para a cidade do Rio de Janeiro. Eles estariam no município de São Geraldo, porém, os policiais conseguiram abordá-los no trevo de Visconde do Rio Branco.
Já o último envolvido foi preso no dia 20 de abril. O homem, que encontrava-se foragido, apresentou-se voluntariamente na delegacia de Visconde do Rio Branco.
A partir das diligências, a Polícia Civil aponta que os três investigados teriam constrangido a vítima a guardar armas e drogas. Os itens, entretanto, teriam sido roubados por terceiros que ainda não foram identificados. Por conta disso, os suspeitos teriam agredido a mulher por cerca de duas horas. Depois disso, eles a colocaram desacordada em uma gaveta funerária, que foi fechada com tijolos e cimento. A vítima teria permanecido no sepulcro por cerca de nove horas, quando foi socorrida após gritar por ajuda.
Os suspeitos devem responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, considerando que foi usado meio cruel, sem possibilidade de defesa e por razão de gênero. Além disso, eles também foram indiciados por associação criminosa, constrangimento e violação de sepultura.
Ainda conforme a corporação, durante o trabalho investigativo, também foram apurados outros fatos criminosos que teriam sido praticados pelos suspeitos. Outros dois procedimentos foram remetidos ao Poder Judiciário, com indiciamento dos investigados por tortura.