Ícone do site Tribuna de Minas

‘Estado paralelo’: Polícia prende suspeito de ordenar execução a pauladas

pm - garrafada
PUBLICIDADE

Dois jovens, de 26 e 27 anos, foram presos nesta segunda-feira (3), suspeitos do assassinato de um homem, 40, morto a pauladas dentro de sua residência por supostos traficantes locais, em abril deste ano. As prisões ocorreram durante cumprimento de mandados em Muriaé, cidade distante 160 km de Juiz de Fora.

Segundo a Polícia Civil (PC), ao todo foram executados cinco mandados de busca e apreensão – foram encontrados 12 papelotes de cocaína – e três de prisão. O suposto mandante do crime foi detido. Trata-se de um homem de 26 anos, apontado como suspeito de ser um dos gerentes do narcotráfico na região, e um homem 27, quem seria o executor do homem de 40 anos morto em abril. Um terceiro suspeito, 22, permanece foragido – ele também teria golpeado o homem.

PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM: ‘Laranja’ de organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro é preso em Juiz de Fora

PUBLICIDADE

‘Estado paralelo’ para evitar a polícia

Para o delegado responsável pelo caso, Glaydson de Souza Ferreira, a ordem de execução veio em razão de reclamações de moradores.”O investigado ordenou o ataque em razão de reclamações de moradores locais sobre as supostas agressões que a vítima teria realizado contra o enteado.” Tal suspeita, entretanto, não foi confirmada durante as apurações da polícia.

O delegado acrescentou que o tráfico ali, na região do condomínio Nova Muriaé, acaba funcionando como um “estado paralelo”, que busca resolver conflitos em conformidade com seu próprio regimento. Ele exemplifica que a Polícia Civil teve que intervir naquela localidade em outro caso, durante a ação que já estava ocorrendo no bairro.

PUBLICIDADE

“Novamente, um morador foi agredido por traficantes do bairro por estar discutindo com a esposa, o que motivou nossa intervenção a fim de evitar outro homicídio”, ele enfatiza. Segundo seu diagnóstico, os suspeitos “resolvem” os conflitos entre eles para assim evitar o efetivo policial no perímetro. Desta forma, fortalecem seu “poder paralelo”, conclui Glaydson. As investigações ainda estão em andamento. 

LEIA MAIS notícias sobre a Região

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile