Nesta sexta-feira (31), o pároco Jackson de Sousa Braga, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Rio Espera, na Zona da Mata, afirmou que o relógio da igreja é alvo de uma ação judicial. De acordo com o relato do padre nas redes sociais, está sendo movido um processo contra a paróquia e contra a sua pessoa devido ao toque do relógio da matriz. Por isso, ele afirma que o funcionamento do aparelho ficará suspenso.
De acordo com as informações divulgadas pelo religioso, que está há 4 anos na paróquia, já foram diversas tentativas para “conciliar o funcionamento do relógio com o respeito às leis de silêncio”. Ele também relata que fez uso de equipamentos para manter o funcionamento diário da peça e evitar seus badalos à noite e madrugada, mas por se tratar de um relógio centenário e com mecânica complexa, estão acontecendo problemas para esse funcionamento. “Ademais, o equipamento e as intervenções no relógio causaram-lhe danos e prejuízos que exigiram reparos que até hoje não foram sanados completamente”, continuou, na nota.
A sugestão do padre, ainda, era que fosse feita a doação de um equipamento que permitiria o funcionamento dos sinos durante o dia, sem que tocassem à noite. “No entanto, apesar dos esforços para conciliar as necessidades envolvidas, não foi possível alcançar uma solução satisfatória para ambas as partes. Diante disso, com os equipamentos atualmente disponíveis, o relógio será obrigado a ficar desligado e consequentemente abandonado na torre da Igreja Matriz”.
Ele também pediu que os paroquianos e rio-esperenses tenham paciência com essa situação. “Sei o quanto desejam que sua história e costumes sejam respeitados, porém lembro-lhes de nossa obrigação de respeitar os direitos individuais, sem prejuízo dos coletivos, que estão prescritos na constituição brasileira. Além disso, o clamor por justiça deve ser equilibrado com a misericórdia que nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou”, finalizou.