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Margarida Salomão quer recursos federais para diminuir filas da saúde, dividir subsídios com estado e União e duplicar tratamento de esgoto

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Margarida Salomão (PT) foi a quarta dos seis candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora entrevistados pela Rede Tribuna, nesta quinta-feira (12), em ordem definida por sorteio. Ao longo de uma hora, a candidata respondeu perguntas relacionadas a saúde, transporte, segurança e esporte, além de uma pergunta da concorrente Victoria Mello (PSTU), entrevistada da última terça (10).

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Registrado no Tribunal Regional Eleitoral, a candidata à reeleição apresentou a “síntese” de um plano de governo, sendo que o documento com as propostas detalhadas ainda está chegando à etapa final, com “emendas e aperfeiçoamentos” de outros partidos e só chegará ao público nos próximos dias, de acordo com ela. “Uma parte do nosso plano de governo, necessariamente, é também uma prestação de contas.”

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Fundo Nacional de Transporte

Declarando a proposta de um governo de continuidade, em que “as pessoas conhecem bem quais são as prioridades e o modo de fazer”, Margarida afirma que, neste momento, prefere cumprir o contrato vigente no transporte coletivo, com as modificações que conseguir introduzir: “Teremos, em 2026, um novo contrato. E é óbvio que, havendo um processo de chamada para este novo contrato, eu não posso, desde logo, dizer se as empresas contratadas serão duas, quatro, seis. Não sabemos nem ao certo como será o formato deste contrato”.

A candidata afirma que está fazendo uma gestão em que foi possível reduzir danos e avançar em termos de concepção de transporte público. Por meio da experiência obtida e em debate com a sociedade, no segundo ano do possível novo mandato, haveria condições para que o transporte público tenha mais qualidade e seja mais democrático, segundo Margarida.

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“Sendo reeleita, eu vou, imediatamente, despencar para Brasília, para ver se nós conseguimos acelerar a tramitação de peças legais que estão no Congresso, criando um Fundo Nacional de Transporte, em que os subsídios sejam bancados uma parte pelo Município, pelo Estado e pela União.”

Na mesma temática, ela responde a Victória Mello que tem, sim, a disposição de manter os subsídios, mas considera errado que a despesa esteja só na conta da cidade, como neste momento.

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(Foto: Leonardo Costa)

Programa Nacional de Redução das Filas

Sobre as filas da saúde, Margarida reconhece que, “de fato, é um problema que a gente vinha e vem lidando há anos em Juiz de Fora”. “Tem uma sobrecarga desse sistema. Eu entendo que isso é uma prioridade nossa de resolução, no próximo governo”.

Para isso, ela conta com o recebimento de mais recursos do Governo federal, por meio do Programa Nacional de Redução das Filas e, com isso, fazer mais credenciamentos: “Vamos zerar as filas? Não, porque não faremos mágica. Nós vamos reduzir o tempo de espera”.

Tendo prometido as filas zeradas nas entrevistas de 2020, ela explica que o que mudou é o fato de agora ser prefeita e saber qual é o limite: “Dos nossos compromissos que podem ser assumidos com realismo e viabilidade é: com esses recursos que estão chegando, eu posso assegurar à população de Juiz de Fora que nós teremos uma redução significativa no tempo de espera”.

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Tratando do Hospital Regional, ela relata a proposta feita ao Governo de Minas, de investir R$ 150 milhões para a criação de um novo hospital de urgência e emergência em Juiz de Fora: “Nós já temos o HPS numa estrutura absolutamente precária. Então, se nós pudermos passar para um hospital novo, nós já temos os recursos humanos e o esquema de trabalho”.

Guarda precisa de maior efetivo

“No que diz respeito à segurança, a nossa parte é patrimonial e cidadã, eminentemente preventiva. Então, o combate ao crime violento é, de fato, uma incumbência do estado”, ressalva Margarida.

Tratando da Guarda Municipal, a posição da candidata é a de aumentar o efetivo assim que possível, sendo necessária uma “folga fiscal”, também para a reorganização da corporação. “Mas, se você me pergunta uma área do funcionalismo municipal que precisa de ser ampliada é quem está na frente da luta pela ordem da cidade. Eu acho que a Guarda precisa ter o efetivo aumentado, a fiscalização precisa ter o efetivo aumentado, a ordenação do trânsito. Mas é claro que dentro do limite que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite”.

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A candidata revela que armar a Guarda Municipal é um tema que já foi conversado e discutido com os próprios servidores, mas depende de um protocolo que precisa ser inteiramente cumprido, até que se possa chegar a este ponto.

Duplicação do tratamento de esgoto

“É verdade. Nós, em Juiz de Fora, estamos aquém do que deveríamos”, lamenta Margarida, sobre os 32 mil moradores que não contam com rede de esgoto. “Eu gostaria de estar como Uberlândia, onde praticamente 100% do esgoto é tratado. Eu fico chateada que, em Juiz de Fora, nós estejamos ainda numa situação inferior”.

Mesmo assim, afirma ter melhorado a situação que havia no início do atual mandato, e começado a fazer coleta de esgoto em regiões do Rio Paraibuna onde não existia: “Com essas tratativas em andamento e com recurso – a Cesama tem R$ 250 milhões para fazer uma série de intervenções dessa natureza – eu não tenho dúvida que, no fim do meu governo, dia 31 de dezembro de 2028, nós vamos estar com 90% do esgoto tratado. Não vai ter tudo porque tem área rural também, mas 90% eu garanto, vamos duplicar”, promete.

Concessão de Estádio e Ginásio

Para Margarida, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio está sendo muito usado, “por exemplo, para a Copa Juiz de Fora, foi toda disputada lá”. “Tem uma demanda grande, temos emprestado para os times do entorno, times de Minas que têm jogado aqui também”.

Porém, acredita que o uso do espaço deve ser, realmente, potencializado: “Já há uma lei aprovada na Câmara, que define que o estádio seja gerido como uma concessão. Aliás, eu mandei também um projeto de lei com relação ao Ginásio Jornalista Antônio Marcos. Esse ainda não foi votado, então eu acho que a gente podia retomar isso”.

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