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Candidatos apresentam propostas para segurança pública integrada no próximo mandato em JF

montagem eleições
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Integrando a quinta região mais perigosa do Estado, o tema da segurança pública é central no debate público para escolha do próximo representante da Prefeitura de Juiz de Fora. Conforme apontado na reportagem do último domingo (1º), a cidade elenca uma série de desafios e estatísticas negativas quanto à criminalidade.

De acordo com dados divulgados pelo Anuário da Segurança Pública, a região possui uma taxa de 17,3 mortes violentas intencionais (MVI) a cada 100 mil habitantes. Esse tipo de morte corresponde àquela provocada por homicídio, latrocínio, lesão corporal ou interferência policial.

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A partir do tema, uma pergunta foi elaborada e demandada a todos os candidatos nesta segunda-feira (2), às 8h, com prazo estipulado de retorno até às 15h do mesmo dia. As respostas deveriam ter, no máximo, 2 mil caracteres. Não houve qualquer edição da Tribuna no material enviado, a não ser pelo corte do texto na sentença anterior, quando o limite de toques estabelecido em reunião com a presença de todos os assessores não foi cumprido.

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A ordem em que os candidatos aparecem na imagem, bem como a de suas respostas nesta matéria, foi definida em sorteio com a presença das assessorias de todos os pleiteantes à PJF.

Com base nos pontos levantados, a questão demandada aos candidatos foi:

De que forma seu plano de governo contempla a segurança pública no sentido de promover uma ação integrada entre as pastas do município e também junto ao estado e à federação?

Charlles Evangelista (PL)

Como candidato pelo PL, Charlles Evangelista apresenta um plano de governo robusto para a segurança pública, visando promover uma ação integrada entre as pastas do município, estado e federação. Com um excelente relacionamento com o governo do estado, responsável pelas forças de segurança, Charlles está comprometido em fortalecer essa parceria para garantir a segurança da população.

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Uma das principais propostas é a realização de concursos públicos para a formação de uma guarda municipal bem capacitada. A ideia é não apenas aumentar o efetivo, mas também armar e estruturar a guarda municipal, proporcionando o treinamento necessário para que atuem de forma eficaz e integrada com as forças de segurança estaduais e federais. Essa medida visa aumentar a presença policial nas ruas, inibindo a criminalidade e promovendo a sensação de segurança entre os cidadãos.

Além disso, Charlles propõe a reocupação de postos policiais que foram fechados, revitalizando esses espaços para que voltem a servir como pontos estratégicos de segurança e apoio à população. Essa ação melhora a distribuição das forças de segurança e reforça a vigilância em áreas vulneráveis à criminalidade.

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Outro ponto crucial do plano é o investimento em tecnologia, com a instalação de câmeras de segurança com reconhecimento facial nas entradas e saídas da cidade. Essa tecnologia avançada permitirá um monitoramento mais eficaz, auxiliando na identificação de suspeitos e na prevenção de crimes, além de integrar as informações coletadas com bancos de dados estaduais e federais, facilitando ações coordenadas entre as diferentes esferas de governo.

Com essas iniciativas, Charlles Evangelista busca não apenas melhorar a segurança pública, mas também promover uma gestão integrada e colaborativa, envolvendo todos os níveis de governo em prol de uma cidade mais segura e preparada para enfrentar os desafios do futuro.

Isauro Calais (Republicanos)

Eu e a vice, Delegada Sônia Parma, propomos operacionalizar um sistema de execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas de segurança com cidadania, baseado nos indicadores do observatório da violência existente. Analisaremos tendências de homicídios, crimes contra o patrimônio, roubos de veículos, violência no trânsito e doméstica. Com base nesses dados, proporemos ações integradas entre as forças de segurança, com o apoio do município e respeito às funções constitucionais.

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As metas do Plano Municipal de Segurança Pública, elaborado com a sociedade civil e orientado pelo SUSP, serão implementadas para promover a paz social. Nosso objetivo é aumentar o efetivo da Guarda Municipal, promover capacitação contínua e o uso de armas, com foco em ações preventivas e humanizadas. O combate à violência escolar será uma prioridade da Guarda, e as escolas criarão comissões internas de prevenção, com encontros no Gabinete de Gestão Integrada, envolvendo Guarda Municipal, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Penal e Defesa Civil.

A Prefeitura, em parceria com o governo do estado, implantará delegacias distritais nas regiões da cidade, começando por São Pedro, Benfica e Santa Luzia, e apoiará a Polícia Militar na zona rural. Haverá uma premiação para as unidades de segurança que atingirem metas de redução da criminalidade.

Nas áreas com maior incidência de crimes violentos, proporemos um plano de intervenção integral, com ações preventivas, repressivas, projetos sociais, reurbanização, tecnologias de prevenção e policiamento comunitário. Projetos como Mulheres da Paz e Comunicação Cidadã capacitarão mulheres e jovens em cidadania e comunicação positiva. A gestão municipal se responsabilizará por ações de infraestrutura urbana, como iluminação e revitalização de espaços, prevenindo crimes.

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Adotaremos estratégias diferenciadas de abordagem e acolhimento para a população de rua, considerando saúde mental e necessidades sociais.

Victória Mello (PSTU)

Segurança pública é, certamente, uma responsabilidade das três esferas de governo. A prefeitura deve atuar no sentido de fortalecer a luta junto ao governo federal e ao legislativo por descriminalização das drogas para fazer o devido enfrentamento á violência causada pelo tráfico. Também para desmilitarizar a PM e unificar com a polícia civil numa única entidade, com direito de organização e com chefias eleitas pelos servidores do setor. Na atual estrutura o governo do  estado é responsável pela Policia militar que atuam nos municípios, portanto deve estabelecer com as prefeituras um projeto unificado de segurança.

Margarida Salomão (PT)

As políticas públicas de segurança no município já são fortemente articuladas com a Polícia Civil, com a Polícia Militar, e até com a Polícia Federal e com a Polícia Rodoviária Federal. 

Nós temos um esforço muito grande na área de inteligência e, além disso, a disponibilização das imagens das nossas 333 câmeras, 225 delas com inteligência artificial, que são geradas e que monitoradas no nosso Centro Geral de Monitoramento, são compartilhadas com todas as forças de segurança, permitindo um trabalho integrado, ágil e eficiente.

Essa é uma das razões pelas quais nós aqui em Juiz de Fora temos observado  uma redução da criminalidade violenta numa proporção que é maior do que a de Minas Gerais e maior do que a do Brasil também. Se olharmos os números que nós temos de homicídios a cada mil habitantes, vemos que a nossa posição é a 15ª no estado, e isso certamente mostra o quanto avançamos na construção não só da segurança como uma condição objetiva da população, mas também da sensação de segurança, que é um direito das pessoas, e é fundamental.

Ione Barbosa (Avante)

A situação da segurança pública em Juiz de Fora chegou a um ponto crítico que exige ação imediata. O avanço das facções criminosas na cidade, algo nunca antes visto, é um sinal alarmante da gravidade do problema. Recentemente, no bairro Borboleta, testemunhamos a imposição de toques de recolher e a criação de “tribunais do crime”, onde pequenos delitos eram julgados pelos próprios criminosos. Essa realidade é inaceitável e não pode ser tolerada em nossa cidade.

Para enfrentar esse desafio, é necessário retomar a presença policial nos bairros, como fiz recentemente no bairro Grama. Vamos criar pontos de apoio que não só aumentarão a presença policial, mas também reforçarão a sensação de segurança entre os moradores. Além disso, é fundamental ampliar o efetivo da Guarda Municipal, reestruturando a corporação e modernizando o treinamento dos agentes. Essa mudança permitirá que haja um papel mais ativo na segurança pública, estando presente em locais estratégicos como escolas, UBSs e pontos de ônibus.

A cooperação com os Governos Estadual e Federal também é essencial. Somos uma região que faz fronteira com o Rio de Janeiro, onde o tráfico de drogas e as milícias têm um histórico de atividade preocupante, que agora ameaça se espalhar para Juiz de Fora. Precisamos de uma parceria sólida e um diálogo constante com o governo estadual e federal para garantir o aumento do efetivo policial e o combate assíduo a essas ameaças.

É urgente que essas medidas sejam adotadas para mudar a realidade da segurança pública em Juiz de Fora, evitando que nossa cidade se torne refém da criminalidade.

Júlio Delgado (MDB)

Tenho dito que quando as coisas vão mal, a segurança pública também vai mal. Quando o atendimento à saúde é ruim e precário, quando faltam ofertas de empregos, quando as creches não oferecem vagas suficientes para as crianças e, portanto, as mães não têm onde deixar os filhos para trabalhar e melhorar a renda familiar, quando a população menos assistida passa a habitar as ruas, a violência urbana tende a aumentar e a insegurança impera. Além desses fatores sociais, o crime organizado e o tráfico de drogas encontram nesse cenário o habitat ideal para se instalar.

Acredito que a segurança pública em nossa cidade é mais do que uma questão de polícia; é uma questão social que depende de sensibilidade, inteligência, informação e uma estratégica integração entre todas as forças de segurança pública. Sensibilidade para cuidar melhor da saúde, da educação, da geração de emprego e de uma verdadeira política de assistência social. Inteligência para prevenir e resolver as ocorrências de violência na cidade e integração entre as forças de segurança para agilizar as ações contra o crime.

Segundo o Anuário de Segurança Pública, citado na reportagem, Juiz de Fora é a quinta cidade mais perigosa de Minas Gerais. É lamentável! Se eleito, vou colocar em prática meu Plano de Governo para a Segurança, fazer o que o atual governo não tem feito e tirar Juiz de Fora desse mapa terrível.

Em meu plano, destaco cinco pontos fundamentais: 1) Investir em tecnologia e inteligência, utilizando novas ferramentas para prevenir a violência. 2) Utilizar a Guarda Municipal nos novos postos de segurança colocados em pontos estratégicos dos bairros. 3) Criar o programa “Juiz de Fora Pacificada” para fomentar o planejamento da prevenção de crimes nos bairros. 4) Integrar os órgãos de segurança, compartilhando informações e estratégias para combater o crime de forma eficiente. Colocando a segurança no caminho certo, nosso povo vai poder trabalhar e viver em paz.

 

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