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Disputa por PJF é o terceiro principal destino do Fundo Eleitoral

Prefeitura1 fernando priamo
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Três candidaturas à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) já informaram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o recebimento de repasses partidários oriundos de recursos públicos para o financiamento de suas campanhas. O aporte de verbas públicas a partir do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC/Fundo Eleitoral) e do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o Fundo Partidário, na disputa pela PJF já ultrapassa a marca de R$ 1,2 milhão. Assim, a cidade é o terceiro principal destino desses recursos no estado entre as nove cidades mineiras com mais de 200 mil habitantes. O montante transferido para o processo eleitoral juiz-forano fica atrás apenas dos observados em Belo Horizonte. Na capital, o repasse dos fundos Partidário e Eleitoral somam quase R$ 3,2 milhões, e em Contagem, de R$ 1,44 milhão.

Maior arrecadação do Fundo Eleitoral

Ao todo, 26 projetos lançados nas disputas nos nove maiores municípios do estado já receberam dinheiro público, conforme o TRE. Das três candidaturas a PJF que já informaram o recebimento de dinheiro público, o maior montante foi arrecadado pela deputada estadual Sheila Oliveira (PSL). Crítica do financiamento público de campanha quando da aprovação do Fundo Eleitoral em outubro de 2017, Sheila recebeu R$ 900 mil transferidos pelo diretório nacional do PSL. Os valores são oriundos exatamente desse fundo. Ainda receberam recursos da mesma origem as candidaturas da deputada federal Margarida Salomão (PT), que angariou R$ 211 mil transferidos pelo diretório estadual do PT; e do servidor público federal Fernando Elioterio (PCdoB), que contou com o aporte de R$ 100 mil, também oriundos de verbas públicas para o financiamento de campanha.

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O montante repassado para o projeto de Sheila Oliveira é a quarta maior transferência partidária feita para uma candidatura entre todas as colocadas para a disputa nas cidades com os maiores eleitorados de Minas. Só fica, portanto, atrás de repasses recebidos por dois candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte e um de Contagem, também na Região Metropolitana. Com relação aos dois candidatos da capital que receberam o maiores aportes, a lista é puxada pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Em busca da reeleição, Kalil recebeu R$ 1,15 milhão do diretório municipal do PSD em valores oriundos do Fundo Partidário.

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Outro que recebeu montante superior a sete dígitos foi o ex-deputado federal Nilmário Miranda (PT), que informou o aporte de R$ 1,13 milhão feito pelo diretório nacional do PT a partir do Fundo Eleitoral. O terceiro maior repasse é para Felipe Saliba (DEM), candidato a prefeito de Contagem, e totaliza R$ 1 milhão. Embora Saliba seja filiado e dispute pelo Democratas, a transferência foi feita pela Direção Nacional do Podemos, partido do candidato a vice na chapa, o Capitão Fontes (Podemos). Assim, os R$ 900 mil recebidos por Sheila correspondem ao segundo maior aporte feito por um partido a partir de recursos públicos nas disputas no interior de Minas.

Principal aposta do PSL em Minas

Conforme a declaração dos repasses partidários, a candidatura de Sheila Oliveira à PJF aparece como principal aposta do PSL no estado. A legenda que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, nas eleições de 2018 lançou candidatos em cinco dos nove principais municípios mineiros. Contudo, além de Sheila, apenas o candidato à Prefeitura de Uberlândia Thiago Fernandes (PSL) recebeu repasse da sigla oriundo do Fundo Eleitoral. O aporte, contudo, foi bastante inferior ao recebido pela candidata à PJF e soma R$ 100 mil.

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No caso do PT, a legenda lançou candidatos em oito das nove maiores cidades do estado – sendo cinco mulheres. A candidatura de Margarida Salomão à PJF, por exemplo, recebeu o terceiro maior aporte no estado. Margarida está atrás de Nilmário, concorrente em BH, e do deputado federal Leonardo Monteiro, que compete em Montes Claros. Ele recebeu R$ 411.563,81 do partido. Cabe lembrar que, após eleger as maiores bancadas para a Câmara em 2018, PT e PSL detêm as maiores cotas do Fundo Eleitoral.

Por fim, no caso do PCdoB, o partido lançou quatro candidaturas nas nove cidades mineiras com mais de 200 mil habitantes. O maior repasse até o momento é para o juiz-forano Wadson Ribeiro (PCdoB) na Prefeitura de Belo Horizonte: R$ 200 mil oriundos do Fundo Eleitoral. Com relação às disputas por prefeituras no interior, a legenda adotou procedimento mais igualitário. Desta forma, transferiu R$ 100 mil para cada projeto, incluindo o de Fernando Elioterio em Juiz de Fora.

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