PF prende ex-presidente do INSS e impõe tornozeleira a ex-ministro de Bolsonaro

Polícia Federal cumpre prisões e medidas cautelares contra envolvidos em esquema de fraudes no INSS


Por Estadão Conteúdo

13/11/2025 às 18h07

Alessandro Stefanutto Jefferson Rudy Agencia Senado
Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, em depoimento na CPI (Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), uma nova fase da operação que investiga desvios de aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a ação, foram cumpridas prisões e medidas cautelares contra dez alvos investigados. Entre eles, está o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que é suspeito de ter permitido os desvios durante sua gestão, iniciada em julho de 2023, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Stefanutto, em nota, classificou sua prisão como “ilegal”, alegando que o ex-presidente não obstruiu a investigação e tem colaborado desde o início. “Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração”, disse a defesa.

Conforme divulgado pela jornalista Malu Gaspar, do Globo, Alessandro Stefanutto teria passado a receber uma propina de R$ 250 mil mensais de uma das entidades investigadas pelo esquema de descontos ilegais nas pensões de aposentados depois de assumir o comando do instituto vinculado ao Ministério da Previdência Social. Os valores eram pagos pela Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) por meio de empresas de fachada.

Ex-ministro e aliados de confederação também são alvos

Além de Stefanutto, a Polícia Federal também cumpriu a imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-ministro do Trabalho e Previdência e ex-presidente do INSS no governo de Jair Bolsonaro, José Carlos Oliveira, que atualmente se apresenta como Ahmed Mohmad Oliveira Andrade.

Entre os detidos estão três pessoas ligadas à Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer): Cícero Marcelino, Tiago Abraão Ferreira Lopes e Samuel Chrisostomo do Bomfim Júnior. O presidente do Instituto Terra e Trabalho, Vinícius Ramos da Cruz, também foi preso.

A PF cumpriu ainda um novo mandado de prisão contra o lobista Antônio Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, que já estava preso desde setembro.

As defesas dos envolvidos não haviam se manifestado até o fechamento desta matéria.

Mandados de busca e apreensão contra parlamentares

A operação também cumpre 63 mandados de busca e apreensão, que incluem parlamentares. O deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) é investigado por ter vendido um avião a uma entidade ligada aos desvios. O deputado estadual do Maranhão, Edson Cunha de Araújo, é alvo por ter presidido uma entidade de pescadores responsável por descontos associativos.

Até o fechamento desta matéria, os parlamentares não haviam se manifestado sobre a operação.

Mandados cumpridos em diversos estados

Os mandados estão sendo cumpridos em 13 estados e no Distrito Federal, incluindo Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

A PF investiga crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, e atos de ocultação e dilapidação patrimonial. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, relator do caso.

Nota da defesa de Stefanutto

A defesa do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto esclareceu que não teve acesso à decisão que decretou sua prisão e reafirmou que a medida é “completamente ilegal”. A defesa afirmou que tomará as providências legais necessárias para acessar as informações que fundamentaram o decreto e que está confiante de que Stefanutto provará sua inocência ao longo do processo.

*Texto com informações do Estadão Conteúdo, reescrito com o auxílio do Chat GPT, e revisado por nossa equipe

Resumo desta notícia gerado por IA

* A Polícia Federal deflagrou uma nova fase da operação sobre desvios de aposentadorias no INSS, cumprindo prisões e medidas cautelares contra dez investigados.
* Entre os alvos estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o ex-ministro José Carlos Oliveira, além de aliados e lobistas.
* A operação também cumpre 63 mandados de busca e apreensão, incluindo parlamentares como Euclydes Pettersen Neto e Edson Cunha de Araújo.
* A investigação envolve crimes como corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário e organização criminosa.

 

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