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Minas Gerais já registra transmissão comunitária da variante Delta

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Variante Omicron deixa mundo em alerta

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Com 12 casos confirmados e oito em investigação, o Estado de Minas Gerais já registra transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus, conforme afirmou o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (17). Há transmissão comunitária, quando já não é possível identificar a trajetória da infecção. Dos casos atestados (incluindo casos importados), quatro são na Zona da Mata. Um deles em Juiz de Fora, outro em Carangola e mais dois casos no município de Divino. Ainda conforme Baccheretti, entre as regiões mineiras, esse tipo de transmissão já foi identificado nas macrorregiões Sudeste – a qual pertence Juiz de Fora – e também na Macrorregião Noroeste, que, até o momento, confirmou dois casos da variante Delta.

Apesar disso, o caso confirmado em Juiz de Fora, no dia 27 de maio, é importado. Trata-se de paciente morador da cidade que viajou à Índia e se infectou com variante Delta – à época ainda identificada apenas como cepa B.1.617 do coronavírus. Tanto a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) quanto o Governo de Minas ainda não identificaram, até o momento, novos casos da variante no município. Entretanto, conforme o secretário de Estado de Saúde, há o alerta para região, devido à proximidade geográfica com o estado do Rio de Janeiro – cuja maioria das confirmações de Covid-19 já é devido à variante Delta. Em Carangola e Divino, os casos confirmados são de transmissão comunitária.

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“O que nos chama atenção especialmente é o estado do Rio de Janeiro. A região Metropolitana do Rio é a região do estado com maior número de casos da Delta. Mas há também algumas regiões limítrofes a Minas Gerais que também estão registrando muitos casos da variante”, observou o secretário. Dessa forma, conforme ele, a pasta estadual já vem reforçando a realização de testes genomáticos dos exames oriundos da Macrorregião Sudeste. “Em Minas, os casos positivos da Delta representam 0,4% dos estudos genômicos. Fazemos estes testes por amostragens e, atualmente, realizamos cerca de 200 por semana. (…) Não dá para fazermos testes genômicos em todas as amostras que recebemos. Então, o Estado tem focado em regiões com maior vulnerabilidade ao vírus, ou seja, locais próximos a regiões com número de casos, como o estado do Rio e o Distrito Federal”, disse.

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Os outros município mineiros que já confirmaram casos da Delta são: Belo Horizonte (3), Montes Claros (1), Itabirito (1), Virginopolis (1) e Unaí (2).

Monitoramento

Em nota encaminhada à Tribuna, a SES ressaltou que tem ampliado as ações de vigilância genômica do coronavírus e realizado um monitoramento rigoroso dos casos suspeitos da variante, a fim de coibir a disseminação da mesma no estado. E informou que, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), está fazendo o monitoramento em tempo real das variantes em circulação no estado.

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Ainda conforme a pasta, o Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) tem realizado o monitoramento semanal das variantes circulantes no estado, através da amostragem aleatória realizada em nove unidades regionais de saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro.

Além disso, segundo a secretaria estadual, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes em outras regiões, a partir do acompanhamento dos indicadores que demonstram tendência de aumento de casos.

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Foi implementado um painel de monitoramento estadual em que é possível consultar qual o tipo de variante ou linhagem que foi identificada no estado, o município de ocorrência e o número de amostras analisadas em cada região. O painel é aberto para consulta pública e está disponível no link: coronavirus.saude.mg.gov.br/painel.

Medidas preventivas

A secretaria estadual informou que tem também adotado estratégias para acelerar a imunização, principal medida de prevenção à doença e também reforçou a importância da continuidade de ações não farmacológicas. “É imprescindível que a população contemplada com a imunização não deixe de procurar uma unidade de saúde para a vacinação contra a Covid-19, sem esquecer do reforço da segunda dose, já que só com o esquema completo é possível reduzir a transmissão e evitar a forma grave da doença. A SES-MG reforça as recomendações sanitárias como o uso correto de máscaras, lavagem das mãos com frequência e evitar aglomerações”.

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