Após ser previsto, inicialmente, para dezembro de 2023, pelo ministro dos Transportes Renan Filho, o leilão de 232,1 quilômetros da BR-040, no trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, será realizado nesta quinta-feira (11), às 14h, na B3, bolsa de valores em São Paulo. A previsão é de que o contrato com a empresa vencedora seja assinado até o dia 9 de julho.
O critério de julgamento para o arremate da concessão do entroncamento com a BR-356 até o entroncamento com a antiga Estrada União Indústria será o maior desconto proposto para a tarifa básica de pedágio, que é de R$ 0,17715/km. O edital determina três praças de pedágio, em Itabirito, Conselheiro Lafaiete e Barbacena, cada uma abrangendo 77,37 quilômetros, o que resultaria em um preço inicial para os lances de R$ 13,70 por pedágio – R$ 41,10 para quem viajar de uma ponta a outra.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes, o projeto prevê mais de R$ 8 bilhões em investimentos na rodovia, ao longo de 30 anos de concessão. O volume diário poderia passar de cerca de 40 mil veículos no primeiro ano para cerca de 70 mil, no último.
“O objetivo principal da concessão é melhorar a capacidade da rodovia, tornando o transporte mais eficiente e reduzindo o tempo de viagem. Para alcançar esse objetivo, estão planejadas diversas ações, como a duplicação de 164 quilômetros de estrada, a criação de 15,4 quilômetros de vias marginais, a adição de 42,2 quilômetros de faixas extras, a implementação de 40 dispositivos de melhoria, a manutenção e reparo do pavimento, bem como a prestação contínua de serviços aos usuários ao longo de todo o período de concessão”, detalha o projeto, que ainda traz oito passarelas de pedestres, 34 correções de traçado, 14,2 quilômetros de ciclovias, 57 pontos de ônibus e uma parada para descanso de caminhoneiros.
O edital prevê a transição operacional entre a operadora atual, a Via 040, e a futura ganhadora do certame. Para que isso ocorra, a nova concessionária deverá apresentar um plano de transição. “Isso visa a evitar descontinuidades na prestação do serviço, assegurando a continuidade operacional e permitindo investimentos mais robustos na rodovia, que é uma rota significativa para o transporte de produtos agrícolas, pecuários, minerais e industriais”, explicou à Tribuna, na época da aprovação, o superintendente de concessão, Marcelo Fonseca.
No ano passado, a Tribuna percorreu o trecho até Barbacena, constatando trechos de pista simples (sem mureta divisória) e falta de acostamento em muitos pontos.