Após pouco mais de 24 horas, a greve dos tanqueiros no estado de Minas Gerais foi encerrada na manhã de quarta-feira (8), conforme informação do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG). O movimento foi iniciado à meia-noite do dia anterior e chegou a afetar o abastecimento de combustíveis em alguns municípios mineiros.
Em Juiz de Fora, a Tribuna entrou em contato com oito postos de gasolina e recebeu a informação de que os estabelecimentos não foram afetados, pois garantiram os estoques anteriormente para atender a demanda do último fim de semana e do feriado de 7 de setembro. No entanto, em caso de prolongamento da mobilização, o desabastecimento também poderia ocorrer na cidade.
A paralisação por tempo indeterminado foi anunciada no último dia 3, quando o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, comunicou que a categoria apoiaria as manifestações agendadas para o dia 7 de setembro que fossem “ordeiras, com responsabilidade e não partidárias”. Em outro comunicado, enviado à imprensa no dia 6, ele afirmou que a interrupção das atividades seria mantida “até que a Constituição Federal fosse respeitada”.
O retorno aconteceu na manhã desta quarta-feira, quando as atividades foram normalizadas. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindtanque-MG, o movimento foi encerrado após o presidente da entidade, Irani Gomes, solicitar uma reunião, em caráter de urgência, com a Secretaria Estado de Governo.
Reivindicações
A principal insatisfação da categoria é com relação ao preço do diesel. Além dos consecutivos reajustes realizados este ano, a cobrança de 15% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) praticada em Minas Gerais também tem sido questionadas.
Em fevereiro deste ano, os tanqueiros realizaram paralisação pelo mesmo motivo. A solicitação era para que a alíquota do ICMS fosse alterada para 12%. Na época, o movimento foi encerrado com o acordo de um diálogo entre o Governo estadual e a categoria.