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Após vencer primeiro amistoso em Barbacena, Villa Real critica negativa ao uso do Municipal

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O Esporte Clube Villa Real, um dos novos clubes da cidade e que planeja o profissionalismo a partir de 2022 com a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, fez seu primeiro amistoso no último sábado (23), quando bateu o Atlético Clube Três Corações por 1 a 0 em Barbacena. No entanto, em meio às comemorações, o presidente do time, Allan Taxista, divulgou vídeo em que afirma, em tom de lamentação, ter recebido negativas da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) quanto ao uso do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio para treinos e o duelo com os tricordianos, o que motivou a realização do evento em município vizinho.

No posicionamento compartilhado nas redes sociais do Villa Real, Allan diz ser “uma pena ter que fazer o jogo de estreia fora de Juiz de Fora devido a Secretaria de Esporte (e Lazer, SEL) infelizmente não estar nos dando esse apoio, dizendo que não podemos jogar nem treinar ainda no Estádio Municipal. Não entendo o porquê, já que é um espaço público da cidade, e o Villa Real vem proporcionando realizar vários sonhos não só dos atletas, mas da comissão técnica também, que nunca teve oportunidades aqui na cidade. Mas não houve o apoio, através do secretário Marcelo Matta”, aponta o presidente.

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No sábado, às 11h, horário do amistoso, o Manchester Futebol atuou no Municipal pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, em vitória de 3 a 0 sobre o Bétis. Conforme Allan, uma mudança de horário e até mesmo da data do amistoso seria possível se houvesse a demandada abertura do Município. “Fiz três reuniões com o secretário de Esportes e em nenhuma delas tive, por parte dele, a possibilidade de estar treinando ou fazer esse jogo”, insiste. “Sabemos que no final do ano é normal parar para cuidar do campo, mas estamos treinando de três a quatro meses e não tivemos nenhum acesso ao nosso palco maior. Lembrando que dos 35 atletas que treinam com a gente, 32 são de Juiz de Fora”, complementa.

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Villa Real venceu o Atlético Clube Três Corações por 1 a 0 no primeiro amistoso da equipe (Foto: Edy / EC Villa Real)

‘Estádio é para competições oficiais’

À Tribuna, a SEL justificou o impedimento. “O uso do campo do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio só é permitido para equipes que disputam competições oficiais, como campeonatos da Federação Mineira de Futebol ou Confederação Brasileira de Futebol, o que atualmente não é o caso do E.C. Villa Real. Desta forma, a SEL justificou a negativa de liberação do estádio para realização do amistoso pretendido em função desta não ser uma partida de competição oficial. Para estas equipes, os treinos acontecem uma única vez, na semana que antecede a partida. O período permitido da atividade é de uma hora para a preservação do gramado do Mário Helênio. É importante ressaltar que o Estádio Municipal não pode ser entendido como um centro de treinamento e, sim, um espaço para eventos.” Allan Taxista confirmou que recebeu a mesma justificativa do secretário de Esporte e Lazer, Marcelo Matta, citado em algumas oportunidades no vídeo.

Ainda na nota, a Secretaria de Esporte e Lazer afirma que “as equipes da cidade que disputaram ou ainda disputam competições oficiais durante o ano: Tupi, Tupynambás, Manchester e Uberabinha na categoria sub-17, tiveram todo respaldo e apoio da Secretaria de Esporte e Lazer para jogos no Municipal.” Por fim, ela lembra a relação do clube com o Sport. “Consideramos ainda ser razoável que o E.C. Villa Real utilize a parceria salutar com o Sport Club Juiz de Fora para a realização de amistosos no estádio Procópio Teixeira enquanto não disputa uma competição oficial.”

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Recentemente, o Villa Real anunciou que organizaria treinamentos no Estádio Procópio Teixeira, na sede do Sport, formalizando parceria com o Verdão da Avenida. Questionado pela Tribuna se houve buscas para que o amistoso fosse disputado em outros campos da cidade, como o do próprio Periquito, Allan negou. “Não houve procura, pois o palco principal da cidade para o futebol é o Estádio Municipal. Em contato com o Atlético Três Corações, eles conseguiram todo suporte com a Prefeitura de Barbacena, que viu a importância da partida para a história de um novo clube da sua região”, explica.

‘O time do povo’

Polêmica de lado, Allan Taxista comemorou o primeiro amistoso, vitória e gol do Villa Real. “Foi um dia muito feliz não só para o clube, atletas e funcionários envolvidos, mas em especial para a minha pessoa, que há dois anos, em um rascunho de papel, começou esse projeto, e agora estamos comemorando essa vitória com a grande equipe do Atlético de Três Corações, que nos ajudou desde o início, seja com contatos de Belo Horizonte e outras situações. Quero agradecer a todos os envolvidos, é um trabaho árduo, de muito comprometimento. Hoje todos dentro do clube estão por livre espontânea vontade, sem receber nada por isso.”

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Conforme Allan, o autor do tento histórico, Pedro Henrique, é um atleta que condensa o principal objetivo da Águia de JF: dar a atletas da cidade e região chances no mundo da bola não obtidas por outras equipes. “Esse é o time do povo e que vem com a ideia de oportunizar aqueles que não tiveram chances ainda e que são de Juiz de Fora. Temos jogadores de vários bairros da cidade. E foi um dia histórico. Foi um garoto que fez avaliação conosco, do Bairro Santa Rita, e foi aprovado. No primeiro toque dele, fez o primeiro gol da história do Esporte Clube Villa Real.”

O Atlético Três Corações é o atual terceiro colocado do Grupo A da terceira divisão estadual, oficialmente chamada de Segunda Divisão.

Agora, o time juiz-forano que tem realizado pagamentos de taxas junto à Federação Mineira pensando, justamente, na federação e na profissionalização em 2022 por meio da disputa da Segundona, segue os trabalhos de preparação para a estreia oficial. “Seguiremos realizando amistosos com foco na Segunda Divisão. E esperamos em breve poder jogar no estádio, como é o sonho de muitos dos nossos atletas, que são oriundos de muitos projetos da própria Prefeitura, de incentivo ao futebol.”

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