O treinador Alex Nascif e o auxiliar Wanderley Tavares, ambos de Juiz de Fora, são os responsáveis por levar o Betim à elite mineira pela primeira vez na história do clube. A confirmação do acesso veio na última quarta-feira (24), em jogo contra a URT, terminado empatado em 2 a 2. Com o resultado, o clube também garantiu vaga na final do Módulo II, contra o Aymorés. A primeira partida acontece no sábado (27), às 15h, no Estádio Affonso de Carvalho, enquanto a segunda será realizada na próxima quarta-feira (31), às 19h, na Arena Vera Cruz, em Betim. Por ter tido melhor campanha na soma das duas fases iniciais, o Betim terá a vantagem pelo empate no placar agregado, além do mando de campo do segundo jogo.
À Tribuna, Alex Nascif diz que o acesso foi um alívio para todos do clube, já que, em anos anteriores, a equipe chegou muito perto, mas não conseguiu. “O Betim tem uma estrutura ótima para o Módulo II, fornece condições de trabalho para os atletas melhores que muitos times de Série C. O sentimento é também de gratidão, por toda a pressão pelo alto investimento e por estar batendo na trave antes”.
Ao todo, o técnico, que assumiu a equipe no decorrer do campeonato, foi o comandante em nove jogos. Ele conquistou cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. “Encontrei um grupo muito bom e trabalhador, e os atletas que chegaram, vieram para agregar. O diferencial foi a organização e o trabalho de todos. Os que não estavam jogando, a todo momento estavam trabalhando e criando competitividade no treino. É muito fácil ver os 11 que começam o jogo, mas sempre ressaltei os que terminavam e também os que não estavam relacionados”, afirma.
Questionado sobre a possível continuidade no Betim para a disputa da Primeira Divisão estadual, Nascif garante que ainda haverá conversas. “Temos a final contra o Aymorés, o foco é esse, para terminarmos o campeonato bem. Depois vamos sentar e conversar”.
Carinho por Juiz de Fora
Ex-técnico do projeto de futebol da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em parceria com o Tupynambás e com passagem pelo Tupi, em 2020, Nascif pensa que os trabalhos na cidade foram essenciais para seu desenvolvimento. “A UFJF me deu muita bagagem de treinamento, evoluí muito como pessoa. O segundo momento foi no Tupi, sem estrutura nenhuma, com muitas dificuldades. Montamos um time do zero por seletiva. Foi uma grande experiência para eu estar mais maduro no Módulo II”, avalia.
Sobre voltar a trabalhar em Juiz de Fora no futuro, ele acena positivamente. “É sempre a vontade das pessoas que estão na cidade. Tenho um carinho muito grande pelo Tupi, também já trabalhei no Tupynambás. Seria uma grande honra vestir novamente a camisa desses dois times e do Sport, se retornar. Esperamos que algum desses clubes seja uma grande força, seria um prazer estar junto de alguma forma”.
*Sob supervisão do editor Gabriel Silva