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Cicloviajante Carol Emboava conta suas aventuras em palestra gratuita neste sábado

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(Foto: divulgação)
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Em agosto de 2013, ela pegou sua bicicleta e, saindo de Curitiba (PR), pedalou em busca do sonho de conhecer pontos turísticos da América do Sul sobre duas rodas. Com sua magrela, a educadora física de Pindamonhangaba (SP), Carol Emboava, 35 anos, acumula cerca de 17.500km, quilometragem muito próxima de completar sua jornada, de 18.000km, até chegar ao seu destino – Taubaté (SP). Detalhe: tudo isso sozinha. A paulista passou por Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Peru em quatro anos de projeto intitulado de Giramérica, registrado em redes sociais. Neste sábado, a cicloviajante ministra palestra gratuita em Juiz de Fora, às 14h, no Colégio Apogeu (Unidade no Shopping Jardim Norte). Histórias certamente não vão faltar.

“Vou contar um pouco de como surgiu a ideia de fazer essa viagem, falar um pouco do planejamento e das coisas que aconteceram. São histórias de viagem que espero que, de alguma forma, sirvam de inspiração para algumas pessoas não somente para viajar de bicicleta, mas como histórias de vida mesmo. Vou responder algumas perguntas tradicionais das pessoas nas viagens, se não tenho medo, se me sinto sozinha, por que não pedalo com mais gente, e falar dos lugares que passei”, antecipa Carol à Tribuna.

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O desejo da paulista começou ainda quando conquistava a maioridade. O sonho, na prática, teve início 13 anos depois, com uma surpresa a cada local de estadia. “Sempre tive vontade de viajar de bike. Desde os 18 anos imaginava, mas fui adiando, e consegui aos 31 anos. Era um ano sabático, na verdade, e acabaram virando quatro anos no total. Acabei estendendo muito a viagem, sinal que estava boa! Não defini exatamente os caminhos que ia fazer, mas tinha alguns pontos que gostaria conhecer. Sabia que ia descer beirando a costa, fazendo o Sul do Brasil, costa do Uruguai, queria conhecer a Patagônia, na Argentina, chegar até o Ushuaia e subir até o Peru. Desci por um lado, da Argentina, e subi pelo chileno. Passei por Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Peru, voltei ao Brasil pelo Acre, fiz o Norte e Nordeste do Brasil, desci a costa até chegar a Minas”, resume.

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Uma boa dose de coragem

Esta experiência não seria possível sem sacrifícios e uma significativa dose de coragem. Mas não é do receio que Carol aborda quando relembra a bravura da decisão. “Escuto as pessoas falarem que sou muito corajosa, mas estão, normalmente, falando de perigos e de medo. Mas uso a palavra coragem no sentido de desapegar das suas coisas, não somente materiais, mas de amigos, lugares, família. É uma atitude corajosa, mas não acho que nada tem que ser limitante se você tem algum sonho. Você em algum momento tem que escolher um caminho. Ou fica na zona de conforto, ou desapega em um momento e cria esse pouco de coragem que precisa para poder fazer o que você gosta, sonha”, opina.

E o que uma experiência tão intensa como esta trouxe de mais marcante à cicloviajante? A um mês do término de capítulo especial em sua vida, ela aprendeu e buscará reproduzir o minimalismo. “Tenho ainda mais 500km para pedalar e chegar em casa, em Taubaté (SP). Serão quatro anos e um mês de viagem. E claro que mesmo quem não está viajando muda muito nesse tempo. Se não mudar, é sinal que ficou estacionada no mesmo lugar. E fazendo uma viagem assim as alterações são ainda maiores, mais intensas. Tive que praticar muito o desapego, o minimalismo, que é algo que quero trazer muito para minha vida de novo, quando voltar para a cidade.

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Aprender a viver e ser feliz com menos, a dar valor aos pequenos momentos e aproveitar a vida. Saber que as coisas não se repetem. Os lugares podem se repetir, mas os momentos não voltam mais.” Esta será a primeira vez que Carol vem a Juiz de Fora. A cidade, contudo, não está em seu roteiro, mas sim São João Del-Rey. A paulista irá pegar ônibus até a Princesa de Minas apenas para realizar a palestra.

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