
O juiz-forano Erik Mayrink, 22 anos, está cada vez mais perto do sonho de disputar a Stock Car. Na última semana, o piloto assinou contrato para disputar a Stock Light na temporada 2018, divisão base para a disputa da principal categoria do automobilismo brasileiro. O vínculo foi firmado com a equipe TMG-RZ, fruto da união de duas grandes marcas do esporte, TMG Racing e RZ Motosport, detentora também de dois carros na Stock Car com Ricardo Zonta (ex-piloto da Fórmula 1) e Átila Abreu, ícones da modalidade no país.
Em entrevista exclusiva à Tribuna, Erik comemorou o novo passo na carreira e lembrou matéria de dezembro de 2016 do jornal, quando se preparava para estrear na Sprint Race em 2017, outra categoria do automobilismo nacional, e projetou estar na Stock Light em até dois anos. A meta, cumprida na metade do tempo, é motivo de comemoração para o profissional que ganhou seu primeiro kart aos 6 anos.
O desempenho em 2017 traz otimismo para o que será um dos maiores desafios da carreira de Erik por conta das semelhanças entre a Sprint e a Stock Light. “Tive um ano muito bom, e acredito que minha experiência na Sprint Race serviu de preparação para as categorias mais altas do automobilismo brasileiro porque o carro é muito parecido com o da Stock Light e até da divisão principal da Stock Car, só que com uma potência bem menor.”
Ainda assim, o atleta vai em busca de adaptação rápida ao novo carro e nível de competitividade. “Terei um protótipo de chassi tubular com um motor 5.7 V8 de 350 cavalos e câmbio sequencial. É muito parecido com o da divisão principal. Vou buscar evoluir e me acostumar ao carro o mais rápido possível. Sei que o nível do campeonato é muito alto, mas vou fazer de tudo para me destacar entre os estreantes da categoria e tentar terminar o ano brigando por vitórias. Quem sabe terminar entre os cinco primeiros para buscar uma vaga na Stock Car para 2019 ou talvez em 2020”, projeta.
Top 5 pode levar piloto à elite
A vaga na Stock Car, contudo, depende de dois fatores. “Preciso de patrocínio e uma carteira de piloto master. A Stock é muito cara, mais ou menos três vezes o valor da Stock Light. E a carteira porque você precisa da graduação mais elevada, a master, e eu tenho a segunda maior. A única forma de eu conseguir a filiação mais alta é ficar entre os cinco primeiros na Stock Light na classificação. Só assim terei o direito de fazer o pedido dessa carteira”, explica Erik.
A Stock Light é novidade no automobilismo brasileiro em 2018, ao retornar após nove anos inativa. O evento foi encerrado em 2009 após 17 edições, desde 1993, com a revelação de diversos pilotos para a categoria principal e registrado, entre seus campeões, nomes como Cacá Bueno, Marcos Gomes, Nonô Figueiredo e Thiago Marques. <<<<