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Ademir Fonseca é apresentado no Tupi: “é preciso abdicar de todos os tipos de vaidade”

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O Tupi apresentou, nesta quarta-feira (9), na sede social do clube, no Centro, o seu novo técnico, Ademir Fonseca, já anunciado pelo clube no último dia 25 para comandar a equipe no Módulo II do Campeonato Mineiro. “Chego mais maduro, mas a força de alcançar sonhos e objetivos é a mesma. O Tupi tem uma página especial na minha vida, todas as vezes que eu passei pelo clube foram momentos que me transformaram. Minhas saídas sempre me deram oportunidades em outros lugares por causa do Tupi. Eu vejo o clube hoje em um momento de reconstrução, não vai ser fácil, todo mundo fala em acesso, mas não é assim, vamos ter que trabalhar muito, porque nós estamos atrasados, para alcançarmos os objetivos”, declara Ademir.

Com estreia no estadual marcada para o dia 27 de abril, o Tupi já tem traçado seu planejamento. Em janeiro, o clube fez uma seletiva para atletas nascidos entre os anos de 2000 a 2004. Os aprovados, que irão fazer parte da base do clube, serão supervisionados pela comissão técnica entre os dias 15 e 26 de março. Já o elenco profissional começa a treinar no dia 29 do mesmo mês.

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”Não dá para eu pensar que vou encontrar a solução do Tupi em uma peneira. Acho que podemos encontrar um jogador ou outro, mas temos que trazer uma base de algum clube, jogadores que estejam em atividade para não perder tempo, porque tem clube treinando há dois meses, e nós vamos ter 25 dias para preparação. Como eu falei, futebol não se faz com vara de mágica. Então a gente vai ter que contar muito com aquilo que o clube tem de orçamento, para buscar uma base. Tem um planejamento nosso de buscar uma base em duas equipes para que possamos juntar e fazer um grupo”, revela Ademir Fonseca.

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”O Tupi sempre foi um clube formador, revelou muitos jogadores. Queremos inserir o sub-20 para fazermos isso. O objetivo é que ano que vem os jogadores do sub-20 sejam usados no profissional”, complementa Adil Pimenta, diretor de Futebol do Tupi.

Já conforme o gerente de Futebol Cloves Santos, o Carijó também está atrás de um profissional para o cargo de auxiliar técnico da comissão permanente do clube. O escolhido irá tanto fazer parte do grupo principal quanto comandar o sub-20.

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Diretor Adil Pimenta (esquerda), presidente Eloísio Pereira, técnico Ademir Fonseca e gerente Cloves Santos (Foto: Davi Sampaio)

Campeão do Módulo II e nova comissão

Conhecido pela postura energética na beira do gramado, Ademir Fonseca vai para sua quarta passagem pelo Carijó. As outras foram em 2001, quando conquistou o título do Módulo II, em 2010, momento em que o Tupi disputava a Série D do Brasileirão, e a última, em 2019. Dessa vez, Ademir irá trabalhar com velhos conhecidos.

”Trabalhar com o Luis Augusto, o Walker Campos, Boró, é bom. Eles conhecem o DNA do Tupi, a gente não pode fugir dele. Vamos tentar jogadores que têm características do DNA do Tupi. Por isso, buscaram o Adil de volta, foram me contratar. São pessoas que têm identificação com o clube, não estão aqui só pelo dinheiro. Estamos aqui porque temos afinidade, respeito pelas pessoas que estão no comando. A gente espera unir forças. Eu acredito que futebol não se faz sozinho, é a união de pessoas com o mesmo objetivo. (…) Se estivermos organizados, vendermos essa ideia de organização, de um clube fechado, de pessoas sérias, com certeza a gente vai resgatar aqueles que saíram, trazer de volta os investidores, conseguir fazer um grupo forte e ver o Tupi novamente alcançar os patamares que planeja”, define o treinador.

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Mesmo acreditando que o Tupi encontrará muitas dificuldades, o comandante já pensa nas estratégias que serão utilizadas nos jogos do Módulo II. ”Times como o Uberaba e o Boa Esporte são clubes tradicionais, de primeira divisão, como o Tupi, o Ipatinga. Não vai ser fácil, nós precisamos estar muito focados, será um momento que todos terão que abdicar de todos os tipos de vaidades, do menor ao maior, em todas as áreas, para a gente encontrar os objetivos e criar um pensamento. Se todos nós tivermos uma só ideia, com a possibilidade de implantar isso, os jogadores chegarem e encontrarem a ideia no treinador, no torcedor, na cozinheira, o jogador será contagiado. No futebol, há um sentimento muito grande, e quando se cria relacionamento, cria responsabilidade. Essa é a intenção nossa”, acredita o técnico.

Além disso, Ademir antecipou que vê a necessidade de um jogo aéreo forte para a competição estadual. ”A bola parada sempre foi uma estratégia que a maioria dos clubes treinam e tentam tirar proveito. Tem que ter um cara bom na bola parada, que ataca seja no meio da área, no primeiro pau ou segundo pau. […] acho que a equipe tem que ter estratégia para quando se defende e para atacar. A gente precisa ter uma estratégia para que a gente possa romper se, por acaso, o adversário vier jogar aqui em um ferrolho grande. E quando a gente for jogar fora de casa, ter uma estratégia de não só defender, mas alcançar resultados positivos mesmo como visitante”, conclui Ademir.

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