Após o rebaixamento em campo para o Módulo II do Campeonato Mineiro ter sido confirmado, e a indefinição sobre a tentativa de anulação da queda junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Estado (TJD-MG) se estender, o Tupynambás trabalha em duas frentes neste mês. Enquanto o departamento jurídico do clube acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em busca do cancelamento do descenso estadual nesta temporada, o Baeta também tenta atuar em Juiz de Fora pela Série D do Campeonato Brasileiro, com início em 20 de setembro.
Em relação à busca pela permanência na elite mineira, o TJD-MG não reconheceu a ação do Leão do Poço Rico, bem como a do Villa Nova, com mesmas intenções. Em julgamento, três dos nove auditores votaram pela improcedência do pedido, enquanto os outros seis consideraram que a demanda só poderia ser analisada após o fim da competição, o que demandaria mais um mês de espera. “Resolvemos dar entrada no STJD, o que fizemos na sexta-feira passada. Queremos o resultado direto lá porque nenhuma equipe do Brasil passou pela situação do Tupynambás, de ter que inverter o mando de campo e fazer um monte de outras coisas para conseguir jogar. Acreditamos que o resultado seja favorável”, relata o vice-presidente de Futebol do Baeta, Cláudio Dias, lembrando que teve que atuar como mandante diante da Caldense em Poços de Caldas por não conseguir jogar em JF e outros municípios diante dos protocolos de segurança no combate ao coronavírus.
Paralelamente a isto, a diretoria do time local inicia a preparação para a disputa da Série D. Os treinos não deverão ser em casa. “Vou amanhã (sexta) na Secretaria de Esporte e Lazer para ver se tem alguma previsão de volta. Mas provavelmente faremos o mesmo que no Mineiro, uma parceria com a DSG (Sports Group, empresa carioca), porque em Petrópolis já liberou, aí começamos os dez, 15 dias iniciais”, explica o dirigente.
O clube ainda deseja, contudo, que as partidas possam ser realizadas no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. “Esse é um problema, uma condição para a participação do Tupynambás. Ficou muito caro inverter o mando de campo para Poços de Caldas no Mineiro e, se tivermos que bancar a preparação do estádio por conta do coronavírus… gastamos quase R$ 15 mil. A FMF não pagou nada, tem que ver como será com a CBF. Fazer os testes em todo mundo é muito caro também. Acho que a CBF, por ter mais recursos, pode disponibilizar um valor ou contratar alguma empresa que banque isso”, justifica o vice-presidente do Baeta.
Atletas confirmados
Ainda conforme Cláudio Dias, possuem contrato com o Baeta para disputar a Série D os goleiros Bruno Hargreaves e Renan Rinaldi (este se recupera de lesão no Tendão de Aquiles), o lateral-direito Lucas, os volantes Léo Franco e Vinícius Leonel, os meias Bruno e Sávio, e o atacante Ygor Vinícius. Há conversas com o volante Léo Salino, e o grupo será reforçado gradualmente. “Queremos utilizar mais os jovens da nossa base e trazer nomes experientes”, adianta o diretor.