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Ídolo em Juiz de Fora, Ademilson é treinador no ES e sonha em ser gerente de futebol

Ademilson 2. Foto Arquivo pessoal
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Um dos jogadores mais marcantes da história do futebol juiz-forano, Ademilson Corrêa – o “Adê” ou “Ademito”, como é carinhosamente chamado pelos torcedores de Tupi e Tupynambás – segue atuando no futebol quatro anos após a aposentadoria dos gramados. Hoje com 50, o ex-atacante, que jogou profissionalmente até os 46, é treinador das categorias sub-15 e sub-17 masculina e adulto feminino do Sport Club Ypiranga, da cidade Mimoso do Sul, onde ele mora.

A equipe comandada por Ademilson disputa competições locais, como a Copa Guri e o Sulino. O time já participou também da Copa Espírito Santo, uma das mais importantes do estado nas categorias de base. “Comandei o sub-15 e fomos campeões em cima do Porto, que conquistava o título há sete anos. São times cascudos que participam, com mais estrutura”, conta o ídolo de Juiz de Fora. Depois de ter firmado uma parceria com um empresário, o clube sonha em disputar a Campeonato Capixaba, que dá vaga a Copa do Brasil. Entretanto, uma catástrofe no início do ano adiou o projeto.

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“Teve uma enchente aqui que devastou a cidade. Tivemos que dispensar os garotos alojados. Só estamos voltando agora, o município está se recuperando de pouco a pouco, assim como o campo em que treinamos. Mimoso do Sul adora o projeto, o estádio lota. No ano que vem, vamos em busca de participar do Campeonato Capixaba”, projeta Adê, que foi auxiliar técnico do Athletic, de São João del-Rei, em 2021.

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Treinador de três categorias, Ademilson quer se tornar gerente de futebol (Foto: Arquivo pessoal)

Perguntado se prefere a profissão antiga ou a nova, Ademilson é enfático. “Gostava bem mais de ser atleta, mas estou curtindo ser treinador. Tudo que aprendi, posso ensinar para os garotos. Quando eu falo e vejo eles prestando atenção, perguntando se está certo ou errado, é gratificante. É bem difícil, porque são muitas cabeças para comandar, tem que prestar muita atenção, lidar com muitas personalidades e por ordem”, acredita.

Aos 50 anos, ele já é avô de três crianças, de 2, 6 e 9 anos. Ao mesmo tempo em que ajuda na criação dos netos, ele quer seguir progredindo na carreira. “Por enquanto, vou ficar aqui no Sul. Mas quero me tornar um gerente de futebol, estar contratando jogadores. Tenho muitos amigos que continuam jogando, rodando pelo Brasil e mundo. Tenho a intenção de colocar Mimoso do Sul em outro patamar, para disputar uma Copa do Brasil o mais rápido possível”.

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Tupi e Baeta são pautas nos treinos

Campeão da Taça Minas, Mineiro do Interior e Série D do Campeonato Brasileiro pelo Tupi, além de ter tido papel central no acesso do Tupynambás para o Módulo I do estadual – com o gol da classificação – Ademilson ainda é ovacionado pelos feitos em Juiz de Fora. Como conta, as equipes são sempre citadas tanto por ele quanto pelos alunos, que assistem aos lances do atual treinador na internet.

“Se eu for falar de futebol, na minha mente, só vem Juiz de Fora. Vesti as cores de Fluminense e Botafogo, mas não se compara na minha vida com Tupi e Tupynambás, porque virei ídolo dos clubes. Me sinto um juiz-forano, tenho um grande carinho pela cidade. Falo sempre para eles da experiência de ser respeitado e ter o carinho das pessoas. Comento que tenho busto, bandeira e a torcida me adora. Eles me questionam também sobre o lance do massagista, que tirou meu gol”, relata o ex-atleta.

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Ademilson chegou ao Tupynambás em 2016, ano de retorno ao futebol profissional, e em 2019, disputou a elite estadual (Foto: Reprodução/Facebook)

Além disso, a maioria dos alunos chama o professor de “Ademito”, apelido dado pelos torcedores do Tupi à época. “Alguns repetem minha comemoração, está virando uma febre aqui. Fazem como eu, colocam a mão no peito e abrem os braços. Fico muito feliz com a homenagem e espero seguir sendo espelho para eles”, projeta.

Mesmo a mais de 300 quilômetros de distância de Juiz de Fora, Ademilson continua acompanhando o futebol local. “Sigo os clubes e as torcidas nas redes sociais. Mantenho contato com o Cláudio Dias e o Cleudes Barbosa (presidente e supervisor do Baeta, respectivamente). Acho que para os times voltarem ao que era antes, precisa de seriedade. Na época, era tudo organizado, pagavam em dia. O Tupi criou uma identidade de time sério, mantinha um esqueleto de jogadores também. Era uma união fora do comum”, relembra.

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*Sob supervisão do editor Gabriel Silva

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